Capítulo 12 - Destiny

Start from the beginning
                                    

— Mas, querida, não é um simples ambiente de trabalho que distingue do que você é realmente.

— Cale a boca, sua perua. — Ela gargalhou friamente de mim

— E ainda por cima é violenta. Oh, Deus, quem meu noivo colocou para cuidar de meus queridos enteadinhos? — ela enfatizou a palavra "noivo", como de alguma forma, soubesse que aquilo, realmente me afetava.

— Não inclua Enzo e Zoe nessa história, sua hipócrita

— Como não os meterei? Eu serei a futura mamãe deles, queridinha. — pegou de dentro de sua bolsa um batom avermelhado. — E quando isso acontecer, acredite, eu demitirei você com todo o prazer desse mundo. — Começou a passar devagar nos lábios.

— Porquê tem tanto ódio de mim? O que eu a fiz?

— Não se faça de sonsa, empregadinha. Pensa que não vejo como olha para Hero? —guardou o batom na bolsa e começou a tirar as imperfeições. — O devora com seus belos olhinhos azuis, mas, considere isto: Ele é meu

— Eu... Eu não sei do que está falando. — Engulo seco

— Ah, sabe. E como sabe. No entanto só quero que fique ciente de que, Hero Fiennes é meu futuro marido. É comigo com quem ele escolheu ficar e casar. — Me fitou. — E você... Você não passa de uma insignificante empregadinha.

— Sabe de quem mais tenho pena? Das crianças, pois elas realmente, não merecem uma madrasta como você.

— Fique longe de Hero. Este é meu único aviso para você.

— Eu só espero que você não o intoxique com seu veneno, afinal de contas, você não passa de uma cobra. — Ela gargalhou se menosprezando de mim.

— Tenha uma noite desagradável, querida. — E então saiu rebolando seu traseiro avolumado

Eu não iria chorar. Não havia mais lágrimas. Eu apenas saí de lá com minha cabeça arisca, mas notei que finalmente, Hero havia me visto.

— Você demorou, está tudo bem Jo? — Zed perguntou assim que sentei-­me na cadeira.

— Apenas um dor de cabeça muito chata. — Sussurro, mas tento agradar-­lhe com um meio sorriso.

— Tem certeza que é só isso? Se preferir, podemos ir embora e deixar o jantar para um outra oportunidade. — Neguei freneticamente com a cabeça.

— Imagine Zed, não deixarei uma maldita dor de cabeça estragar nossa noite

— Nossa noite? — Ele franziu o cenho e deu um belo sorriso

— É. Ou você não quer que seja nossa noite?

— Eu não sei, talvez isso me diga. — Ele se ergueu de sua cadeira e num ato célere, senti seus lábios se colarem com os meus. Eu tentei me esquivar, mas a sua magnitude não deixou.E então, descolamos nossos lábios com um selinho rápido.

— Não devia ter feito isso. — ri um pouco tímida, até olhar para o lado devagar e notar que Hero estava beijando Khadijha.

Talvez tudo que ele tivesse me dito não fosse realmente verdade. Talvez todas aquelas palavras e aquele beijo não tenham sido importantes para ele tanto quanto foram para mim.

Talvez eu fosse apenas o que Khadijha havia dito: Uma insignificante empregada. Uma maldita e ingênua babá que jurava que as palavras que saía da boca de Hero Fiennes, podia, de alguma forma, serem sinceras. Mas não eram. E, num rápido instante, a pergunta que eu havia feito para o destino tinha sido respondida: Ele apenas queria que eu visse que não adiantava amar por si só. Que ele está me dando a chance de recomeçar. Em palavras mais exatas: Ele só queria, de uma vez por todas, me dizer que, Hero Fiennes nunca me pertencerá.

Nossa adorável babá | Adaptação HerophineWhere stories live. Discover now