Capítulo 16

22 1 3
                                    

Continuou ali parado na porta, com as chaves do carro na mão, a mochila pendendo de um lado do ombro e o case do violão do outro. Ainda não tinha conseguido absorver o fato de que Michelle, a garota por quem vinha sofrendo nos últimos seis meses, estava bem ali, agarrada a seu pescoço como se fosse uma boia salva-vidas.

Foi então que se deu conta que se isso tivesse acontecido há algumas semanas, ele provavelmente estaria feliz em vê-la ali, se sentindo a pessoa mais especial do mundo por tê-la precisando dele. Mas agora, fazia algum tempo que tinha apagado de sua mente toda a história de Michelle. Claro que não foi a melhor da hipóteses, já que ele praticamente trocou o fato de que foi abandonado por Michelle por uma queda absurda por outra garota que nunca deu a mínima para ele.

 Claro que não foi a melhor da hipóteses, já que ele praticamente trocou o fato de que foi abandonado por Michelle por uma queda absurda por outra garota que nunca deu a mínima para ele

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

- Espere. - Disse, soltando os braços de Michelle de seu pescoço. - O que aconteceu? Você não tinha ido para a Austrália viver com a sua mãe?

- Sim. - Michelle estava com os olhos marejados e ameaçava chorar de novo. - Mas minha mãe se casou novamente, ele tem uma nova família e eu não sou mais bem-vinda. Eu estava me sentindo como uma intrusa naquela casa, não aguentava mais. - Chorou e a mãe de Chanyeol foi abraçá-la, fazendo Bo Young revirar os olhos no canto da sala.

- E o pai que você largou aqui na Coreia para ir morar com a sua mãe? - Bo Young se aproximou, perguntando em tom de deboche e ficando ao lado do irmão.

- Park Bo Young! - A mãe a repreendeu e ela apenas deu de ombros.

- Tudo bem sra. Park, eu provavelmente mereço isso. - Olhou para Bo Young com cara de coitada e essa continuou com a expressão debochada. - Meu pai realmente sentiu muito a minha ida, acho que eu é quem segurava a onda dela, então quando fui embora ele se afundou na bebida. Eu fui até a casa dele, mas está tudo uma bagunça, ele vendeu quase tudo, está cheio de dívidas e passa a maior parte do tempo bêbado. Eu fiquei com medo de que as coisas ficassem um pouco violentas então só consegui pensar em vir pra cá.

- E por que diabos você acha que tem algum direito de vir aqui depois do que fez com o meu irmão, hein? - Bo Young se colocou como defensora de Chanyeol, o que foi bom, já que ele estava tão sem ação que mal estava conseguindo respirar naquele momento.

- Park Bo Young! Pare com isso agora! - A mãe ralhou com ela novamente.

- Não, mãe! É injusto. Todos nós sabemos o quanto o Chan sofreu nos últimos meses por causa dessa... messalina, e agora ela chega aqui chorando e vamos fingir que nada disso aconteceu e acolhê-la?

- Não, Bo Young, minha filha, nós vamos acolhê-la porque somos boas pessoas que não possuem o hábito de, por mera questão de vingança, deixar de ajudar uma pessoa que precisa e que vem até nós pedir ajuda

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

- Não, Bo Young, minha filha, nós vamos acolhê-la porque somos boas pessoas que não possuem o hábito de, por mera questão de vingança, deixar de ajudar uma pessoa que precisa e que vem até nós pedir ajuda. - Bo Young resmungou um pouco mais, mas não teve argumentos para refutar a mãe. - E você, Michelle, pode ficar por essa noite, amanhã vamos acompanhá-la para conversar com o seu pai e ver como ficarão as coisas, tudo bem?

- Muito obrigada, sra. Park, vocês são as melhores pessoas. - Ela abraçou a mãe de Chanyeol que continuava feito uma estátua de sal parado na porta, olhando para toda a cena com as sobrancelhas franzidas no meio da testa.

Quando tudo se acalmou, a sra. Park acomodou Michelle no quarto de hóspedes e Chanyeol conseguiu se mover, tomou um banho, não conseguiu engolir nada, parecia que tinha um nó em sua garganta. Deitado na cama, começou a pensar em toda a maluquice que tinha acontecido ali. Lá estava ele no escuro, mal ouvindo o que tinha colocado para tocar no celular e pensando. Metade dos pensamentos tomados pela relação de Emily e Baekhyun e a outra metade por essa volta repentina de Michelle.

Nos dois casos, ele era o único ferrado da história. Sem nada de um lado, sem nada de outro. Se perguntava se algum dia conseguiria algo que realmente lhe fizesse feliz. Quer dizer, será que algum dia alguém se interessaria realmente por ele? Será que ele encontraria alguém a quem pudesse dedicar todo aquele sentimento que tinha dentro de si e, claro, que não fosse preferir o Baek?

A porta do quarto abriu devagar, fazendo entrar uma fresta de luz e o assustando. Chanyeol sentou-se rapidamente na cama e acendeu a luminária.

- Oi... - Era Michele, ela estava em seus pijamas, descalça e pisava nas pontas dos pés para não fazer barulho.

- O que você está fazendo aqui? - perguntou, pouco amigável.

- Chan... - Encostou a porta e sentou-se nos pés da cama, fazendo-o se sentir desconfortável. - Eu queria dizer que sinto muito pelo que aconteceu entre nós. Eu era uma garota boba e imatura, não estava preparada para a intensidade do sentimento que você tinha por mim. - As palavras ainda doeram no fundo do coração dele.

- Tudo bem, foi melhor assim. - Disse, pronto para encerrar o assunto.

 - Disse, pronto para encerrar o assunto

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

- Não, não foi. - Ela se aproximou um pouco mais, tocando na perna dele. - Eu fui uma idiota e fiquei muito mal por saber que te deixei mal. Quem sabe essa não seja uma oportunidade para que a gente coloque as coisas em ordem entre nós, hein? - Se aproximou ainda mais, subindo as mãos pelas pernas de Chanyeol, o que o fez engolir seco. Ela se aproximou do rosto dele, encarando seus lábios. - Eu acho que ainda existe essa coisa entre nós. - Deu um selinho nos lábios dele e continuou espalhando beijos por todo o resto de pescoço, provocando-o sensualmente. 

Chanyeol apertou os olhos, não estava no clima, era homem, claro que poderia facilmente se excitar com aquela provocação, mas a velocidade com que o turbilhão de pensamentos atravessava sua mente, o bloqueava

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

Chanyeol apertou os olhos, não estava no clima, era homem, claro que poderia facilmente se excitar com aquela provocação, mas a velocidade com que o turbilhão de pensamentos atravessava sua mente, o bloqueava.

EstrangeiraOnde as histórias ganham vida. Descobre agora