0.2; Mas meu melhor não é o suficiente. - Luke.

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Para que não haja dúvidas, cada capítulo é narrado ou por Luke ou por Michael, Ok? Esse é pelo Luke. Obrigada pelos comentários e votos, vcs são incríveis! ❤

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0.2

Estou na última aula do dia e posso dizer que o primeiro dia de aula não foi tão difícil o quanto imaginei, conheci pessoas legais como Liza, Calum e esse garoto Ashton a qual não para de falar na aula de marcenaria.

Também teve o cabelo colorido que não foi muito com minha cara, mas eu não ligo, gostei do cabelo dele.

O professor reclama com Ashton mais uma vez por causa da bagunça, mas ele não parece se importar, já eu no entanto, faço meu melhor para tentar construir algo de madeira, mas meu melhor não é o suficiente.

O sinal toca.

- ALELUIA JEOVÁ! - Ashton grita quase pulando de sua mesa. Eu rio disso e ele percebe dando outro sorriso em troca.

Todos os alunos se levantam para sair deixando suas construções na mesa, então começo a observa-loas. Vejo relógios, casa de passarinhos, caixas... Olho para a minha mesa e a única coisa em que vejo é um pedaço de madeira e uma serra.

- Tudo bem, garoto. - O professor se aproxima e coloca sua mão em meu ombro. - Da próxima vez você consegue.

- Talvez não tenha uma próxima vez. - Digo me levantando. -Mas obrigada.

Não posso me permitir que essas pequenas coisas me desmotive, mas é a verdade, as oportunidades passam em um piscar de olhos.

Saio do colégio e "meu" carro já se encontra parado na frente, entro nele aborrecido.

- Ta aqui faz quanto tempo? - Pergunto enquanto me ajeito no banco de trás.

Ed me fita pelo espelho retrovisor e responde;

- Não muito tempo.

- Sei. - Murmuro.

Ele sorri e liga o carro indo para longe da instituição.

Encosto minha cabeça na janela e começo a observar o lado de fora, isso é uma das minhas coisas favoritas no mundo!

Estando com a janela fechada consigo ver todos, mas ninguém consegue me ver.

- Como foi seu primeiro dia, Luke? - Ed pergunta.

- Foi divertido. - Digo mantendo os olhos na janela.

- Fez amigos?

- Ainda é cedo demais para lhe informar. - Falo finalmente tirando os olhos da janela e os concentrando para frente. - Mas fiz algumas comunicações sim.

- Muito bom. - Ele diz parando o carro no sinal.

Vejo o cabelo colorido e Calum atravessando a rua, eles dão risadas enquanto conversam e eu começo a rir no carro imaginando qual piada eles podem ta contando agora.

- Do que você ta rindo? -Ed pergunta enquanto o sinal abre e eu perco os meninos da minha visão.

- Não é nada, Ed. - Digo. - Só algo que lembrei.

- Parece divertido, me conte. - Ele me encara novamente com seus olhos castanhos pelo retrovisor mostrando um sorriso.

- É inapropriado. - Falo tirando uma pequena risada de Ed.

- Ah.

Ed é o melhor motorista que já tive, apesar de não conversarmos muito, sempre que estou sobre sua presença me sinto melhor.

Chego em casa e a primeira coisa que faço é encarar o relógio em cima da mesa de janta. São exatamente 15:54. Guardo os 6 minutos de sobra e decido tomar banho.

Subo a grande e espaçosa escada e antes de entrar no meu quarto olho para o quarto dos meus pais, eles não estão. Só vejo Madeleine limpando o cômodo.

- Oi Luke, como foi a aula? - Ela me questiona parando o que estava fazendo.

- Foi divertida. - Repito o que já havia dito à Ed.  - Mas agora tenho que tomar banho.

- Tudo bem, não esqueça os remédios.

- Eu estou lembrado, não se preocupe.

Entro no banheiro, tiro o uniforme e me encaro no espelho, nasceu uma nova mancha em minha barriga. Eu a toco, ela não é dolorida, mas me apavora do mesmo jeito.

Tento ignorar e vou para o chuveiro, onde percebo que meu corpo parece mais dolorido do que semana passada, os remédios deveriam amenizar as dores, mas não é isso que vem acontecendo.

Enquanto a água desce pelo meu cabelo lembro-me do cabelo colorido e Calum atravessando a rua enquanto riam juntos e eu queria estar com eles, queria poder voltar para casa a pé e não ter um carro com o motorista me esperando cinco minutos antes da hora certa. Isso faz com que eu fique furioso e eu não sou o tipo de cara que fica furioso rápido.

O cabelo colorido talvez seja.

Acredito que tenha demorado um pouco mais no banho do que deveria  porque escuto minha mãe gritar pela casa, o que significa que chegou do trabalho.

- LUKE PELO AMOR DE DEUS! - Sua voz é histérica. - OS REMÉDIOS!

- Já vou mãe! - Digo enrolando-me na toalha.

(...)

Uma mesa de jantar enorme para apenas três pessoas que nem mesmo conversavam era onde eu me encontrava agora. O único barulho a se escutar eram os talheres, mas meu pai quebra o silêncio constrangedor se pronunciando;

- Sua mãe me contou que você quase se esquecia de tomar os remédios hoje.

- Não sei por que se importam tanto. - Falo. - Eu vou morrer de todo jeito.

- Luke! - Minha mãe me repreende e sinto tristeza em seu olhar.

- Mas é verdade, eu tenho câncer, não um simples resfriado.

WANTED NOT TO LOVE [Muke]Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ