Capítulo 12: Summum bonum

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"Está em espanhol."

"Só procura a palavra 'Sopophorous' e vê o número que está mais próximo dela."

"Três, mas tem uma anotação do lado do número. Ap... aplastado."

"Três feijões esmagados. Ok, obrigada."

Continuei a checagem, cortando o número de ingredientes pela metade do que o livro indica, pois precisamos produzir apenas meio frasco pequeno, o que é mais que o suficiente para interrogar meia dúzia de pessoas. Ainda assim, tenho certeza que Slughorn vai perceber os ingredientes faltantes. Talvez ele não de falta dos feijões Sopophorous, mas certamente perceberá as seis penas de pássaro Dedo-Duro que sumiram.

"28... días" ouvi Sirius falar baixinho. "Leva vinte e oito dias para fazer essa poção? Não temos esse tempo."

"Eu sei, por isso temos que começar logo. O certo seria esperar para comprar os ingredientes em vez de roubar do estoque, mas precisamos fazer hoje para estar pronto quando voltarmos das férias."

Depois de quase um minuto em silêncio, Sirius falou de novo. "Você realmente está preocupada com Remus, não está?"

"Você não?"

"Claro que sim", ele se defendeu rapidamente. "Quando você disse que sabia o quão preconceituosos bruxos podem ser, sabe, naquele dia na ala hospitalar, vocês estava falando dos seus pais?"

"Mais ou menos", meu tom saiu tão baixo que não tenho certeza se ele ouviu. "Gosto de pensar que meus pais não são tão radicais, mas..."

Não terminei a frase, incapaz de verbalizar o que vim sentindo nos últimos dias. Às vezes acho que o motivo de não estar recebendo notícias de casa é porque meus pais estão de alguma forma decepcionados comigo. Sei lá, talvez porque fui selecionada para a Corvinal, quando claramente meu pai queria que eu fosse para a Sonserina, ou talvez o filho de algum puro-sangue já dedurou que estou andando com Lily, uma nascida-trouxa.

Em Beauxbatons, a fama de puristas sanguíneos dos meus pais me perseguiu e a maioria dos alunos mestiços ou nascidos-trouxas acabava me evitando. Não os culpo: as coisas que os bruxos idealistas mais radicais fazem e dizem são horríveis. Apesar dos boatos que o pessoal espalhou sobre mim e Sirius nas primeiras semanas de aula, foi bom poder recomeçar em Hogwarts; espero que essa nova liberdade não dure pouco.

Sirius suspirou. "Os meus são", ele disse simplesmente. Ouvi o barulho do livro fechando com uma pancada. "Se eles soubessem sobre Remus, eu nem sei o que fariam comigo. Ou com ele. Ou com Dumbledore, por aceitar alguém como ele na escola."

"Vamos dar um jeito. O segredo de Remus vai continuar sendo um segredo", falei decidida, descendo as escadas com os bolsos cheios. "Não temos um plano infalível por enquanto, mas pelo menos sabemos por onde começar."

"É, acho que sim", Sirius deu de ombros, me ajudando a colocar a escada no lugar. Peguei meu livro e minha mochila antes de inclinar a cabeça para o lado de fora, conferindo se alguém estava no corredor; aparentemente, essa parte do Castelo é bem quieta nos fins de semana. Sirius saiu também, fechando a porta atrás de si. "Onde você vai trabalhar?"

Ele murmurou algo enquanto fazia um movimento com a varinha. Observei a porta selar com um barulho de sucção, não tenho certeza se quero saber como Sirius descobriu o feitiço que o professor Slughorn usa para fechar a porta.

"Eu vou... Eu vou trabalhar no meu quarto, acho. As gêmeas levam todo o tipo de chá e vela fedida pra lá, ninguém vai perceber o cheiro da poção."

"Vai deixar uma poção fermentando no seu quarto por vinte e oito dias?" ele questionou de sobrancelha arqueada e eu assenti insegura, sabendo que provavelmente essa foi a pior ideia que já tive na vida. "Eu conheço um lugar melhor."

ROYALS • Sirius BlackWo Geschichten leben. Entdecke jetzt