Entre Corvos e Demônios

19 1 15
                                    

Gotham, 2º dia, madrugada.

— Deixa eu ver se eu entendi... — John começou. — Você troca duas palavras com o menino bruxo, totalmente enigmático e descobre quem é...

— O que. — Zatanna o corrige.

— O que é esses "olhos vermelhos". É isso?

— Eu não descobri ainda. — Zatanna estava sentada no ar e fazia alguns livros flutuarem ao seu redor, na sala do apartamento. — Mas uma coisa eu sei, vamos precisar de ajuda.

— Etrigan já sabia. — o demônio disse.

— Já pensou em alguém? — Constantine se jogou no sofá.

— Os pés, John. — Zatanna usou um dos livros para tirar os pés dele de cima da mesa de centro. — Já entrei em contato com uma pessoa que vai nos ajudar. — ela suspirou, orgulhosa. — Uma especialista em demônios.

— Não! — John levantou. — Eu não vou viajar para aquele mundo, encarar o chifrudo lá e...

— Não estou pedindo para você ir junto. — Zatanna o cortou. — Mas agora eu adoraria ver a cara dele, quando eu contasse que você o chamou de chifrudo. — Etrigan gargalhou.

— Não tem graça. — John sentou-se novamente. — Eu achei que ela nem queria ajudar.

— Eu também. — ela suspirou. — Mas não custava tentar novamente.

— Mas precisa ser ele? — John bufou. — Não tem alguém menos "super-vilão"?

— Se não fosse você, acharia que está com medo.

— Zee, não é isso. Eu só... — John revirou os olhos. — Parece desesperado.

— Mas é desespero. — Zatanna pousou. — Eu não tenho nada agora John. Se ele souber de alguma coisa, qualquer que seja, vale à pena tentar.

— E você acha que ela vai nos ajudar?

— Hum... — Zatanna encarou a forma negra com áurea roxa que se criava no canto da sala. — Acho que sim.

Um grande pássaro de asas abertas flutuava estático no canto do cômodo. Era como olhar para as trevas iluminadas por uma luz negra roxa. John levantou-se sem vontade e acompanhou os passos de Zatanna em direção ao portal. Os três atravessaram e apareceram em um pequeno cômodo, parecido com uma sala de meditação.

— Acho que ela errou o destino. — John comentou, limpando a poeira do único móvel que tinha na sala. — Isso é o que? Altar de sacrifício? — ele apontou para a mesa no centro da sala.

— Muito sutil da sua parte, John. — Zatanna comentou.

Sutileza nunca foi o forte dele. — uma voz ecoou pelo cômodo. — Olá Místicos!

Outro pássaro se formou, bem no centro da mesa e uma mulher apareceu no lugar. Vestia uma roupa roxa, com capuz, tinha a pele ligeiramente acinzentada e uma voz rouca e profunda. Ravena flutuou até o chão e sorriu para Zatanna.

— Obrigada pela ajuda. — ela agradeceu. — Não sabe como é bom revê-la.

— Fico feliz em ajudar. — Ravena respondeu. — Na verdade, fico feliz em fazer ele ajudar. — ela riu com desdém.

— Como que chegamos lá? — John perguntou.

— Projeção de áurea. — Ravena chamou todos para se posicionarem em volta da mesa. — Enquanto estivermos concentrados e juntos, teremos nossa projeção bem nítida e forte. Então, tentem não dispersar. — ela encarou Constantine.

DC - Os MísticosWhere stories live. Discover now