Uma Amazona de cada vez

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Themyscira, 1º dia, manhã.

— Nossas irmãs estão felizes de ver você novamente, Diana.

— Eu estou feliz em voltar para a casa, Donna. — a Princesa encarou um grupo de Amazonas que treinavam poucos metros à frente. — Sinto saudades de algumas coisas que só temos aqui na ilha.

— Areia? — Donna sacudiu a sandália, deixando caindo um pouco da areia da praia.

— Não! — Diana riu. — Poderia até dizer o céu limpo, comparado com o da cidade. — elas riram. — Mas tenho que te dizer que é a companhia.

— Você sempre teve uma escolha. — Donna se virou para o mar. — Eu escolhi.

— Não foi uma escolha totalmente sua.

— No momento não. — ela suspirou. — Mas não quis voltar, então, agora é totalmente minha.

— Donna. — Diana a segurou pelos ombros. — No momento em que você decidir que quer voltar, ou quiser tentar, saiba que sempre haverá um lugar para você. — Diana sorriu. — Ao meu lado.

— Eu sei que sim. — Donna sorriu de volta. — Obrigada.

— Apesar de tudo o que a Liga tem passado... — Diana fitou o mar novamente. — Acho que sinto falta da simplicidade de nossa época.

— Eu também e... — um clarão irrompeu o céu. — O que é aquilo?

Uma grande esfera de luz roxa se lançou como um meteoro em direção à praia. Uma trombeta alta foi escutada e as Amazonas começaram a se armar. A esfera atingiu a areia e criou um rastro de alguns metros. Duzentos ou trezentos arcos estavam apontados para a esfera que ainda reluzia. Donna e Diana se aproximaram, cautelosas, analisando.

— Parece ter alguém dentro.

Donna? — uma voz conhecida saiu de dentro da luz. — Diana?

— Espere...

Ajuda!

— "Zul à rahlirib, agehc ed oãçetorp, aroh ed rassec"* — o brilho cessou.

— Zatanna! — Donna e Diana se aproximaram. — O que aconteceu?

— Precisam se abrigar. — ela disse sem fôlego. — Nunca vi nada assim.

Diana ajudou Zatanna a se levanta, enquanto Donna conduzia as Amazonas para dentro dos templos. A feiticeira respirava com dificuldade e murmurava algumas coisas sem sentido. Diana flutuou até o centro da câmara principal do palácio e apoiou Zatanna no chão.

— O que está acontecendo? — ela sussurrou. — Você não parece nada bem.

— Eu vou ficar. — Zatanna respondeu. — Precisamos nos proteger.

— Do que?

Zatanna esticou os braços ao chão, uniu os pés e jogou a cabeça para trás. Seu corpo flutuou um metro do chão e ela se colocou de pé. Continuou flutuando por mais um tempo, com os olhos fechados, como se sentisse ou se concentrasse em algo. Finalmente, ela abriu os olhos e se preparou para lançar outro feitiço.

"Od lam onretxe oãn somererfos, a ahli, uem redop e ue someregetorp"

Uma luz branca saiu do corpo de Zatanna e se arrastou pelo chão, paredes e teto. De uma visão geral, a ilha inteira foi tomada pelo feitiço de proteção de Zatanna. O que não impediu Diana de manter o questionamento:

— O que está acontecendo? — Diana perguntou novamente.

Zatanna pousou no chão e encarou a mulher. Sorriu curiosa e esperou as Amazonas e Donna – que acabaram de entrar – se aproximarem. Arrumou a gola de sua roupa e se aborreceu com o rasgo em sua meia-calça.

DC - Os MísticosWhere stories live. Discover now