Capítulo 8 - Not, Enzo

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— Sim, meu irmão.

Ele soltou um suspiro de alivio. Pelo menos, foi que constatei. Mas, porquê?

— Tem uma família muito bonita, Jo.

— A sua também é muito bonita. — sorri. — Tem filhos incríveis.

— Pena que as vezes eu não dou conta disso.

— Não quer sentar? — Minha voz saiu nervosa. — Quer uma água, ou talvez um suco...?

— Uma água está de bom tamanho. — sorriu.

Caminhei rapidamente em direção a cozinha e logo peguei um copo e pus água para ele.

— Aqui está. — sorri amigavelmente.

Ele me encarou por alguns momentos e o silêncio reinou por alguns segundos. Longos segundos, devo enfatizar.

— E então, você a Lexie. —Dei uma pausa. — Pensa em se casar novamente?

Ele gargalhou

— Está rindo de mim? — perguntei frustrada.

— Me desculpe, eu apenas me lembrei de hoje a tarde. — sorri. — As crianças parecem se dar muito bem com você.

— Mais uma vez, fugiu de minhas perguntas. — Neguei com a cabeça. — Nada legal,Fiennes.

— Eu e a Lexie... Eu não sei, Jo. Eu realmente não sei o que sinto por ela. — soltou um longo suspiro. — Mas, sim, respondendo sua última pergunta: Eu penso em me casar novamente. Penso em construir uma nova família. Penso em encontrar uma mulher que me complete, sabe? — deu uma pausa. — Eu acredito em recomeços. Acredito também em amora segunda vista. — corei.

Eu corei. Eu corei. — Merda, murmuro baixinho. —

— O que disse? — ele franziu o cenho.

— Eu disse que, sabe, também acredito em amor a segunda vista. — ri. — Acredito que o amor soa como música. Algumas te conquistam de cara, assim que você as ouve. Outras levam algum tempo, pouco tempo, para conquistar o seu coração.

— Jo, eu... eu... — O telefone de Hero começara a tocar ele logo bufou irritado. Soltei um riso anasalado.

— Um segundo. — ele levantou seu dedo indicador. Apenas assenti de leve. — Hero Fiennes, falando. — ele disse, seu tom de voz atrevido, mas ao mesmo tempo, conseguia ser doce ao meu ver. — Como assim?! — Ele se levantou bruscamente do sofá, impaciente. — Estou indo imediatamente para aí.

— O que houve? — Perguntei nervosa e um tanto curiosa.

— Enzo. — Meu coração acelerou ao ouvir este nome. — Ele está queimando de febre, Nick. Eu preciso levá­-lo agora para o hospital.

— Oh, claro, claro. Eu vou com você. — Falei firme e decidida. — Vamos.

Caminhamos de forma agel até a porta de saída.

A todo caminho ficamos em silêncio. Hero estava nervoso, era muito percebível isso.

— Hero. — O chamei e ele me olhou atento. — vai ficar tudo bem. Apenas confie. — sorri,ao passar as mãos delicadamente sobre as suas.

Ele encarou nossas mãos e, logo após, fitou­-me com um sorriso aliviador.

[...]

— É tudo culpa minha. —murmurou mais para si, do que para mim. — Eu não os dou atenção o suficiente. Sou um péssimo pai.

Neguei freneticamente com a cabeça.

— Não se culpe por algo que não fez, Hero. — fixei meus olhos nos seus. — Enzo está assim, porque é criança. É apenas alguma besteira, uma gripe boba.

— Jo... Você é tão incrível. — sorri tímida, ao corar.

Ficar corada já estava sendo um dom totalmente utilizado por mim.

— Imagina, eu só...

É tão incrível e nem percebe o quanto é. Está tão ocupada sendo você mesma que não percebe isso. — sorri. — O cara mais sortudo é aquele que terá seu coração.

— Não me esquece de lembrar isso a ele quando eu o encontrar. — ri.

— Como assim, quer dizer que...

Os passos pesados do médico em nossa direção nos fez encarar o mesmo. Hero se levantou ansioso por alguma resposta.

— Então, doutor. Como está meu filho?

— Está bem melhor agora. — sorrimos, após soltar um sorriso aliviado. — Isso é apenas uma gripe passageira. Em menos de uma semana seu filho já voltará correr por todos os lugares. — rimos.

— Oh, muito obrigado doutor. De verdade. — sorri.

— Como são os pais do menino, os liberarei para entrar ambos de uma vez no quarto que ele está.

Hero corou, assim como eu. Ele passou as mãos pela nunca, ainda envergonhado.

— O que há? — O médico perguntou. — Não me diga que não são um casal? — rimos ao negar com a cabeça. — Pois formariam um muito bonito.

Sim! — Meu subconsciente gritou.

CALE­-SE, OBRIGADO!

— Nós podemos ir... agora? — ele assentiu.

— O próximo corredor, sua porta a esquerda.

Hero e eu sorrimos e nos encaminhamos ao mesmo.

Mas, sabe de uma coisa, eu não conseguia esquecer o que o médico nos disse, e sabe,tinha que concordar.

Formaría-mos um belo casal, não? NÃO. Jo, permaneça focando nas crianças apenas.Apenas nas crianças.

Nossa adorável babá | Adaptação HerophineOnde histórias criam vida. Descubra agora