Do despertar ao desmoronamento.

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P.O.V FINN

Okay, tudo sob controle... NÃO, FINN! NADA ESTÁ SOB O SEU CONTROLE! Ei respira! Respira... COMO EU VOU RESPIRAR SE ESTOU CORRENDO IGUAL UM MALUCO A MAIS DE CINCO MINUTOS?!

- Merda! Merda! Merda!!!

A cada segundo que passa sinto meu peito subir e descer mais rápido e meu coração pulsar com muita dor. Agora tenho que me concentrar em não deixar esse monte de papel cair enquanto tenho um surto interno. Eu não queria matar o Franklin, quer dizer, queria sim mas não desse jeito. Deveria ser algo mais divertido e demorado mas isso foi totalmente ao contrário, eu quase me ferrei! Eu só queria que ele tirasse aquele sorrisinho presunçoso daquela cara idiota, acho que posso ter exagerado um pouco... mas quer saber? Que se foda tudo isso. Eu consegui me livrar desse cara insuportável.

Sinto minha ansiedade atacar a cada passo mais perto de casa. Poucos minutos depois posso respirar "tranquilo". Acabo sentando no chão da garagem enquanto tanto recuperar minha respiração descompensada.

- Okay... o que eu faço agora? Vai ser o mais óbvio mesmo... eu vou queimar toda essa merda!

Peguei uma lata velha que estava jogada em um canto qualquer e comecei a picotar todos os papéis. Evidências... Como eu fui ser tão distraído? Ainda bem que consegui consertar essa bagunça, não foi de uma maneira muito bem pensada mas foi ágil, eu não tinha muito tempo.

- Isso acaba aqui... - sussurrei jogando o isqueiro dentro da lata, queimando toda essa merda.

Depois que todas as evidências viraram cinzas, juntei o lixo e joguei tudo em um saco plástico.

Entrei em casa pela porta dos fundos e vi Millie arrumando algumas coisas em uma mala grande.

- Oi... - falei me aproximando.

- Oi. - respondeu sem tirar os olhos da mala.

- O que está fazendo?

- Não é óbvio? - me encarou com os olhos revirados. - Estou arrumando minhas coisas para ir embora.

- Okay. Não precisa ser grossa!

- Sinto muito se eu não estou simpática o suficiente para te agradar, Wolfhard. Mas a minha vida está uma grande merda e é impossível eu conseguir ter uma visão boa e alegre dessa situação.

- Mas você não está sozinha, Millie.

- Você terminou comigo, esqueceu?

- Você terminou comigo primeiro, esqueceu?

- Que seja... - sussurrou com a voz falha e desviou o olhar. - Você vai me acompanhar até o aeroporto?

- Não... não vou. Eu não gosto de despedidas e também vou começar a fazer alguns cursos. Meu tempo vai ficar muito corrido.

- Só tenho mais duas semanas aqui, Finn! Parece que qualquer coisa é mais importante do que eu.

- Nada é mais importante do que você. - falei rapidamente e percebi um pequeno sorriso brotar nos lábios dela. - Mas eu não posso me prender a tudo isso. Você não faz ideia das loucuras que eu fiz por você pensando que seria boas escolhas de alguma forma, quando na verdade eu estava me enganando em pensar que estava fazendo bem para você quando na verdade não. Não mesmo.

Senti diversas lágrimas começarem a escorrer pelas minhas bochechas e as limpei rapidamente, como se fosse indiferente, como se não estivesse doendo.

- Não fala isso, por favor...

- Eu vou te deixar em paz, ok? - falei antes de sair correndo.

The little psychopath // FillieWhere stories live. Discover now