VII. Epílogo

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Alguns meses depois, Draco finalmente teve a certeza de que Harry era um sujeito confiável o suficiente para levá-lo à sua sala comunal. E, é claro, fazer a parada obrigatória em seu quarto, onde as coisas espontaneamente sairiam do controle.

Harry, estranhamente, parecia saber o ponto exato na parede onde estaria a entrada da masmorra Slytherin e isso apenas fez Draco anotar mentalmente que, na próxima sessão de sexo, teria uma pergunta a fazer ao Gryffindor. Nada que não pudesse forçá-lo a dizer na base de alguns beijos e uma gravata para imobilizá-lo na cama.

Harry o seguiu para dentro e Draco percebeu que seu namorado estava fingindo surpresa com a elegância do lugar. Afinal, ele era um péssimo ator. Draco arqueou uma sobrancelha e o olhou intensamente.

— Eu acho que alguém aqui tem um segredo — sussurrou ameaçadoramente.

Harry, piorando sua situação, corou.

— Oi? Qual segredo?

— Oh, meu bom Merlin — um homem gritou logo atrás de Draco. — Mas veja se não é o objeto do nosso estudo em pessoa!

Draco deu um pulo, virou-se e encontrou o retrato de Kinsey encarando Harry com mais do que puro interesse científico. Falando em segredos...

— Com licença? — Harry disse para a pintura. Como todo bom Gryffindor que se orgulhava de ser, ele sempre era gentil e atencioso ate mesmo com os malditos retratos dos mortos.

— Vem, Harry, eu vou te levar para o meu quarto — Draco disse, pegando-o pelo braço e puxando-o. Harry se deixou levar, mal disfarçando seu desejo de estar sozinho com Draco novamente, mas a intrometido Kinsey continuou a gritar enquanto se afastavam.

— Eu te disse, Draco! — O cientista gritou e depois riu, parecendo muito satisfeito consigo mesmo. — Minha escala nunca falha, e nem a teoria de que todos os seres humanos podem subir e descer nela a qualquer momento! Até que nível você conseguiu levá-lo? Se tiver sido passivo pode ter certeza que alcançou o cinco!

Harry não parou de andar, mas também não perdeu uma palavra dita por Kinsey. Ele olhou para Draco com aquela expressão que significava que o loiro também sofreria tortura e que teria que confessar se quisesse fazer sexo com ele.

— Então, alguém aqui tem um segredo para contar? — Harry perguntou a Draco, cruzando os braços e olhando-o com graça.

Draco sorriu e fez um gesto para convidá-lo a entrar em seu quarto.

— Bem... digamos que recentemente eu me interessei um pouco na ciência e me dediquei a realizar um pequeno experimento.

— Ah é? — disse Harry, sorrindo mais. Os olhos brilhando com malícia. — Acho que lembro que você mencionou algo sobre isso no começo de tudo. Que eu era o seu objeto de estudo ideal e não sei mais o que. — ele riu antes de acrescentar: — Eu pensei que fosse apenas uma desculpa para me agarrar  sem ter que confessar que estava louco por mim.

Draco bufou, mas teve que reconhecer que realmente tinha sido. Ele se aproximou de Harry e o beijou para que não tivesse que dar mais explicações.

— E sabe de uma coisa, Potter? — sussurrou sobre os lábios dele depois de um momento. — Não poderia encontrar um espécime melhor. Obediente, submisso e me dando os melhores resultados.

Harry riu e o empurrou até a cama mais próxima, deixando-o cair ali.

— Tão submisso, hein? Agora você verá como o cientista que realizou o experimento também pode ser submisso e obediente.

Draco lambeu os lábios. Como ele estava morrendo de vontade de ver.

Fim

Potter na Escala Kinsey » drarryWhere stories live. Discover now