Anelise respira fundo, e concorda.
- Eu vou buscar mais uma bebida - Falo, querendo levantar. Ficar parado assistindo uma coisa sem sentido não combina comigo.
Preciso urgentemente me movimentar
- Os garçons podem trazer - murmura a mãe dela
- E eu posso buscar - respondo já levantando. Não é minha intenção, nem de longe ser grosseiro com os pais de Anelise ou qualquer outra pessoa aqui, mas não.
Ver tudo isso, ver a maneira que tratam ela me deixa irritantemente incomodado.
Anelise morde o lábio evitando um sorriso ao observar o olhos da sua mãe me queimando. Solto o nó da maldita gravata e começo a me distanciar para longe da mesa. No minuto seguinte me tornei alvo de olhares femininos e masculinos, curiosos.
- Uma bebida, por favor - digo assim que chego no balcão
- Qual o senhor prefere? - O homem pergunta já pegando o copo
- Tem cerveja? - Pergunto esperançoso
Ele nega me olhando esquisito
- Tequila?
- Não, senhor.
- Quais as opções? - Pergunto impaciente
- Champanhe, vinho tinto, vinho branco, Martini clássico e...
- O último, por favor.
- Martini clássico?
- Sim.
- Muito bem, só um instante - Ele disse, preparando gelo, copos e bebidas para a mistura.
Enquanto eu espero ser preparado, alguém para ao meu lado. Sua aparência me lembra muito o da sua irmã, entretanto, seu tamanho e suas expressões são diferentes.
- Connor James, certo? - Clarice pergunta, jogando seus fios loiros para trás
Assinto, aceitando minha bebida já pronta
- Obrigado.
- As ordens. - respondeu indo limpar os outros copos
Virei meu corpo para ver o que acontecia no evento. Todos sentados. Pessoas em pé. Sr. Evans falando no microfone.
- Não deveria estar lá? - Pergunto de sobrancelha erguida, já que sua mãe exigiu a presença de Anelise para observar o pai.
- Eu disse que iria no banheiro - deu de ombros com desdém - E então, você tem alguma coisa com minha irmã?
Tirei a azeitona da bebida e comi, voltando a beber gole por gole.
- Anelise é enrolada mesmo, não esperava nada diferente - Disse Clarice, chamando o garçom para pedir uma bebida qualquer
- O que quer dizer com isso? - Pergunto
- Você não sabe? - Perguntou, e riu com um ar de ironia - Achei que já tinha descoberto.
Respiro fundo, eu realmente não tenho paciência para joguinhos.
- O quê?
O garçom trás sua bebida e logo se distância, então Clarice vira pra frente como eu e aponta para sua irmã, sentada observando o pai no palco
- Tá vendo esses garotos filhos dos ricaços aqui? - pergunta - A maioria deles já esteve entre as pernas da minha irmã, e agora, você para entrar na conta.
Apertei os dentes, sentindo a raiva encher minhas veias
- Eu vi sua cara quando minha mãe falou algo assim quando vocês chegaram - deu risada - Sra. Evans só fala a verdade.
- Chega, Clarice. Chega. - Rosno, deixando minha bebida de lado
- Sim, Connor. Chega mesmo, pois eu quero conversar algo mais interessante - ignorou minha expressão furiosa, deixou sua bebida de lado, colocou sua mão em meu ombro e aproximou o rosto para sussurrar em meu ouvido: - Que tal a gente se conhecer melhor?
Eu estava prestes a afastar ela, então uma voz a chama
- Clarice - Anelise rosna, chamando nossa atenção. Clarice se afasta de mim, rindo - Para de ser ridícula.
Anelise para na nossa frente de braços cruzados, olha minha expressão e percebe algo
- O que ela te disse?
- O que foi, maninha? está preocupada de eu ter falado sobre...
Anelise aperta suas bochechas e sente seu bafo, se afasta fazendo careta
- Você bebeu? você só tem dezessete anos!
- E daí? nessa idade você já fazia milhões de coisas!
- Não bebia igual maluca!
- Ah, Anelise. Não enche, inferno!
- Não enche? - Anelise exclama também irritada, então respira fundo e olha pra mim - O que ela te disse, Connor?
- Olha quem estão aqui, as Evans - Um cara se aproxima, vestido de terno e com um sorriso de convencido
- Oi - Clarice diz sorrindo grande e voltando a beber, Anelise tira o copo de suas mãos
- Leva isso por favor - pede pro garçom que assente e leva
- Que porra, Anelise! por que não vai cuidar da sua vida?
- Pode acreditar, eu estou cuidando bem.
- Tô vendo. Por que não volta pra sua maldita universidade e vai arregaçar as pernas, já que é só o que sabe fazer?
Anelise levantou a mão e acertou o rosto de Clarice que virou o rosto com o impacto forte e ardente.
Essa é a segunda vez na vida que vejo Anelise Evans, furiosa.
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BELO, CONNOR.
Romance3° livro dos irmãos James. Os opostos realmente se atraí ou é tudo uma farsa para enganar a mente daquelas apaixonadas em um romance? Não é ódio, mas também não é amor. Connor James, o irmão mais velho, O Badboy que raramente solta um sorriso se...