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Quinta-feira

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Quinta-feira

Anelise Evans


- O que achou do vestido? - Minha mãe perguntou no telefone, aparentemente vai rolar uma festa beneficente daqui duas semanas 2h daqui e meus pais, como pessoas ricas e influentes, foram convidados.

E óbvio, isso não exclui seus filhos.

Os insuportáveis dos meus irmãos, e eu linda e bela. Adoro quando acordo com a autoestima nas alturas.

- Bonito - respondo, parada em frente a lanchonete onde minhas amigas trabalham, esperando Charles Sampaio, que marcou comigo hoje as cinco da tarde e pelo que parece, eu sou mais pontual que ele.

- Anelise - ouço a voz aguda da minha mãe. Seria. dura. - O que achou do vestido? - repetiu

- Sinceramente? horrivel.

- Sua irmã disse o mesmo.

- E por que está me ligando para perguntar sobre isso, Sra. Evans? Sabia que eu podia estar em aula?

- Eu pago sua faculdade, garota. Sei bem o horário das suas aulas - respondeu friamente, posso tranquilamente imagina-la observando suas próprias unhas com cara de desdém - Além do mais duvido que você estude.

- Como é? - Pergunto ofendida, como sempre. Conversar com minha mãe sempre é uma completa porcaria. Tudo que ela faz é me ofender de alguma maneira, e sei que algumas coisas sairão da sua boca nos próximos minutos.

- Até parece que não te conheço, Anelise. Seu pai pode ter engolido essa sua conversa de ir para essa cidadezinha estudar Direito, mas eu sei que é tudo conversa.

- Como sempre, você não conhece sua filha.

- Poupe-me, Anelise. Poupe-me.

Respirei fundo, a vontade gritando para desligar na cara. Entre meus pais, não que os dois tenham sido verdadeiramente próximos, minha mãe é fria, brava e egoista quando envolve eu e meus irmãos. Em comparação, meu pai é amoroso conosco quando tem tempo, o que é claramente raro.

- Você me ligou só pra isso?

- Estou ligando para avisar que quero que vá nessa festa vestida direito, não me venha com esses vestidos de vadia. Seja elegante uma vez na sua vida - Parou, esperando eu falar alguma coisa. Não vou falar absolutamente nada, nenhuma palavra que saia da minha boca muda suas opiniões machistas e ignorantes - Segundo, quero que esteja no horário em ponto, vou mandar o mordomo para te encontrar e por último - suspirou dramaticamente- se comporte, Anelise. Sei que você já transou com mais da metade dos filhos dos meus amigos que estarão nessa festa, fecha a droga das suas pernas!

BELO, CONNOR.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora