BELO, CONNOR.

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Ainda há 6 meses...

Connor C. James

- Quem somos nós? A UFH, venha com tudo que você vai se impressionar. A Flankin Hills é de matar, mas antes de morrer estude até passar!!! - Cantaram as animadoras de torcida, mais uma vez.

- Essa música é um sucesso sabia? Todos os alunos já conhece a letra - Disse com orgulho, a líder delas

- É mesmo? - pergunto observando a cena.

- Temos que deixar nossas marcas - jogou o cabelo claro para trás, sorrindo. Alice Collen é uma moça bonita, mas seus esforços para mostrar isso se torna irritante as vezes - Enfim, Connor James, quero vê-lo na minha festa neste sábado.

Concordo com a cabeça, apesar de não concordar verbalmente a respeito do convite. Eu observava o campus, o movimento de começo de semestre novamente, a correria dos alunos novos para encontrar seus prédios, ao mesmo tempo em que alguns simplesmente sentava no gramado e ignorava tudo aquilo.

- Estou convidando todos os alunos veteranos, precisamos de diversões antes que os novatos chegue para embaralhar tudo de novo - Alicia continua tagarelando ao meu lado, concordo silenciosamente com tudo o que ela diz, apesar de não estar dando ouvidos para só uma palavra.

Existe algo sobre o jeito que eu observo as coisas e as pessoas, o jeito que lido com a vida. Um olhar fala mais que mil palavras, por exemplo.

Vejo estudantes novas, nervosas e olhando a hora em seus relógios a todo momento, ao mesmo tempo que não movem um passo e ficam olhando ao redor. Esses estão claramente esperando amigos ou conhecidos para poder ir para a aula.

Do outro lado perto de uma árvore, um cara fuma seu baseado. Ele observa, da risada dos apressados, despreocupado. Acredito que seja aqueles que só está na faculdade por que foi obrigado pelos pais.

Qual será a mensagem que eu passo pelo olhar? acredito que a resposta seria mistério e fúria, pensar nisso me faz querer abrir um sorriso. Eu gosto como sou visto, isso me poupa coisas e situações irritantes.

Eu não digo uma palavra, mas ainda sim, minha cabeça é uma loucura. É fato.

Volto meu olhar para Alice ao meu lado, pensando quando ela vai sair para convidar os outros alunos para sua festa e enfim me deixar em paz.

- Tudo bem, James?

Concordo com a cabeça, de novo.

- Então você topa?

- O quê?

- Se ele não topa, eu topo - Brad diz, aparecendo ao meu lado e piscando um olho para Alice.

- Irmãos James - Ela passa uma língua pelo lábio, nos observando de cima a baixo - Vocês são um pedaço de mal caminho.

Brad da risada, e eu me limito a franzir a testa. Tiro a chave da minha moto e desencosto da mesma, pegando um cigarro e levando em direção a meus lábios.

- Vejo vocês por aí.

Sem mais, nem menos, eu me afasto.

Meu irmão começa a conversar com Alice, sei bem que sua intenção é entrar dentro dela, e olhando para ela sei que está louca por isso. Como falei anteriormente, um olhar pode falar mais que mil palavras.

Começo a caminhar pelo gramado procurando no bolso da frente do meu jeans a droga do meu isqueiro. Durante o curto percurso eu podia sentir os olhares de desejo em cima de mim.

Eu observei todas elas, cada garota que me analisava de cima a baixo. Não nego que todas elas são interessante, cada uma tem seu toque de diferença, mesmo que seja mínimo. Algumas me faz querer puxar pelos cabelos e foder loucamente, em seus belos olhares eu posso ver o mesmo desejo.

Os olhos são os mensageiros da alma. Quem disse isso? não faço a mínima ideia.

Quando penso que encontrei meu isqueiro, levanto ele no ar, alguém esbarra em mim. Estou pronto para agir com completa ignorância, quando na verdade a garota loira sorri para mim, como quem pede desculpas.

- Desculpas, eu sou uma completa desastrada - ela abaixa, me proporcionando uma bela visão dos seus seios. Ela pega meu isqueiro no chão e segura.

- Connor, não é? - Pergunta inocentemente

Concordo estendendo a mão para pegar meu isqueiro. Desde que trombei com essa garota a poucos dias no dormitório feminino ela faz de tudo para chamar a minha atenção. Eu não sou tolo, sei que trombar comigo agora foi intencional.

Ela passa a língua pelos lábios, me analisando. Não consegue esconder o desejo absurdo que tem por mim.

- Anelise? -pergunto observando a bela garota sob saltos altos.

Ela assente, ainda com meu isqueiro em mãos, uma maneira de manter aqui por mais tempo. Interessante, desafiador.

- Sim  - Diz

- Você ainda está com meu isqueiro - Falo

- É mesmo? - Diz, mas não move um músculo para me devolver.

Eu poderia simplesmente pegar dela, mas isso não é legal, muito menos divertido.

Eu pego em suas mãos, olhando fundo em seus olhos, ainda segurando suas mãos faço seus dedos macios abrir o isqueiro e acender meu cigarro.

Anelise suspira, fecha o isqueiro e me oferece.

Eu nego com a cabeça, afasto o cigarro dos meus lábios para aproximar meu rosto do seu. Atraente, gostosa e persistente.

- Cuidado para não se queimar, Evans.

Eu a deixo com meu isqueiro, e continuo andando pelo gramado, não precisei olhar para trás para saber que estava sendo observando por ela, seu olhar parece fogo e tem o poder de fazer aquilo que eu pedi para ela ter cuidado, me queimar.

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