CASTA 6 • pjm + jjk

O segundo será Henry Lau

- Se esse ômega quisesse ser domado, não estaria mandando e desmandando em dezenas de alfas lúpus, seu imbecil – proferiu Hoseok entredentes, parecendo realmente com raiva. O lúpus tinha uma grande afeição por Jeongguk, então não permitiria que ninguém o destratasse perante ele. Não permitiria que um homem tão esdrúxulo e sujo como YiFan agisse como bem entendesse com seu precioso dongsaeng. – Agora trate de calar a boca se não quiser que eu te coloque pra dormir... do meu jeito – rosnou, agora arrastando o chinês consigo e deixando todos na mesma com caras de paspalhos, com exceção dos reis e o príncipe, este último que se sentou novamente em sua cadeira e respirou fundo.

- Me desculpem... – murmurou o Príncipe, apoiando seus cotovelos sobre a mesa e passando as mãos no rosto com visível e profunda exasperação. Suspirou profundamente e fechou seus olhos, se sentindo frustrado de alguma forma. Aquela cena mexeu com Jimin, que observava tudo calado na mesa pois em sua mente não possuía nenhum cacife ou autoridade naquele momento para consolar ou acalmar o mais velho. Jeongguk parecia... frágil. Se sentia fraco diante daquela situação, sentia que não estava dando o melhor dos exemplos e que havia agido de maneira imatura, entretanto, o outro lado de sua mente e de seu coração gritavam fortemente para si que aquela havia sido a melhor opção a seguir. – Eu não gostaria de tornar esse jantar um festival de tensão. No entanto eu precisava mesmo fazer algo em relação a Wu YiFan. Eu não dormiria direito sabendo que um homem que não respeita as pessoas do meu Reino e ofende meus pais dividiria todos os dias as mesmas refeições comigo – disse baixinho e então levantou seu olhar, fitando todos ali com serenidade. – Nenhum tipo de discriminação é aceita aqui dentro e vocês precisam ser informados disso quantas vezes forem necessárias. Não irei mais tolerar nenhuma piadinha infame aqui dentro, e isso vale para você, Lee Donghae – falou Jeongguk, olhando fixamente para tal, que tinha a visão fixada no prato intocado de comida. Visivelmente estaca sem rumo pelo destino que YiFan havia tomado. – Devido à anterior discussão que você teve recentemente com Park Jimin durante um dos jantares, você tem uma advertência. Mais duas e você será igualmente expulso.

Um peso havia saído das costas de Jeongguk quando proferiu tudo aquilo, entretanto seu estômago doía devido ao clima de tensão que havia se instalado no salão. Sentiu um olhar sobre si e então olhou discretamente para seu selecionado, que podia lhe tranquilizar somente com aquela troca de olhares. Para si era impressionante a forma que Jimin podia exprimir tantas coisas apenas com um olhar, como ele podia dizer tantas coisas sem sequer abrir a boca para falar. Ele se comunicava com o olhar, é o fazia de forma tão bonita que o enjoo que o ômega sentia levemente foi findado, como se nunca tivesse existido. O olhar de apoio de Jimin bastou para que seu lobo – e seu coração – se acalmassem.

Logo, o clima também ficou mais leve. Naquela noite, Jongdae e Yoongi se juntaram à mesa para também jantar em e com as piadinhas nada engraçadas – porém divertidas – do conselheiro mais velho, todos riram com leveza e seguiram o jantar de forma harmoniosa. No fundo, ninguém ali dentro apreciava realmente a presença de YiFan, nem mesmo Donghae, que era quase que seu fiel escudeiro ali dentro. A presença do chinês exalava uma aura negra e ruim, era nítido para qualquer um que ele não era uma boa pessoa. Jeongguk se arrependia dolorosamente, pois o formulário do alfa havia passado pelas suas mãos na triagem final. “Não é sua culpa, tolo”, murmurava para si seu ômega interior. “Ninguém é capaz de visualizar o caráter de alguém apenas observando fotos.”

Depois do jantar, todos os selecionados seguiram para seus respectivos quartos. Jimin observou tristemente o seu: seria a sua primeira noite sem a companhia de seu hyung, Junmyeon. Já haviam alterado a mobília do local, provavelmente enquanto estava jantando: As duas camas de solteiro encostadas em cada extremidade haviam sido substituídas somente por uma gigantesca cama se casal, com lençóis brancos e grandes de cetim. Seria uma noite solitária, quando estava em casa, vez ou outra Seulgi pulava em sua cama para dormir consigo. Ficava falando sobre suas paixonites e caía no sono sem grandes alardes. Jimin sorriu somente em se lembrar da irmã, é por um instante parou para pensar no que a mesma poderia estar fazendo naquele momento.