Capítulo 4 (Parte 2)

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— Vocês são muito importantes na minha vida Jack, são como meus irmãos e eu jamais me afastaria de vocês — confesso e ele desvia o olhar indeciso.

— Eu sei, você também é como uma irmã para mim e acho que é por isso que acabamos sendo protetores demais, mesmo sabendo que você tem capacidade suficiente para se proteger sozinha, me sinto no dever de fazer isso por você. — Balança os ombros e acabo rindo mais.

— O que faço com esse bando de homens na minha vida? — pergunto mais para mim do que para ele.

— Ame-os. — Ele ri.

— Claro seu idiota, você só fala isso porque é um deles. — Acerto seu braço e ele se encolhe rindo.

— Temos que ser espertos às vezes. — Ele se posiciona na moto indicando que estava de partida, mas antes de colocar o capacete chamo sua atenção.

— Jack espere. Você está ocupado agora?

— Não, na verdade, acabei de chegar, vou guardar a moto.

— Gostaria de comprar um presente para Max e Royal já que hoje é o aniversário dos dois, mas os seguranças estão ocupados. Dante me fez prometer que não sairia sozinha e já me arrependi de ter concordado, então que tal você me acompanhar? — Ergo as sobrancelhas e ele recua na defensiva.

— Ele não está errado Eva, Donzel está atrás de vocês, não seja imprudente. Por mais forte que você seja, Donzel não é o tipo de homem que joga limpo.

— Sei disso e não quero brigas com seu irmão, ele é muito cabeça dura, não que eu seja diferente, então já dá para imaginar que as coisas sempre são complicadas.

— Por favor, não brigue com ele, quando isso acontece quem sofre somos nós, o mau humor de Dante triplica e ele joga trabalho em nossas costas para o mês inteiro. — Jack faz uma careta e acabo rindo, mas com um certo nível de pena.

— Vou me lembrar disso, mas realmente quero comprar um presente para os meninos e para isso preciso sair — afirmo convicta cruzando os braços.

Jack puxa a gola do sobretudo enquanto diz:

— Em hipótese alguma deixe a águia passar dos portões do forte sozinha, ordens da pantera. — Ele solta a gola com um sorriso no rosto. — Agora você não pode sair sozinha.

— Pantera? Águia? São codinomes que eu não conhecia. — Olho confusa.

— Não é somente Dante que leva o nome de um animal. Usamos na maioria das vezes para não utilizar os nossos verdadeiros, já que em certas situações colocaria em risco os segredos da família.

— Compreendo, mas vá logo buscar um carro, pois já que me impediu de sair, vai me levar. — Sorrio e ele balança a cabeça rindo.

— Tudo bem, odeio ficar em casa quando há organização de festas — resmunga.

— Te esperarei aqui — afirmo animada.

Com um pequeno aceno de cabeça Jack coloca o capacete e dá a partida na Panigale indo em direção ao galpão da garagem. Não demora para retornar com um Porsche 918 Spyder de cor cinza chumbo nada discreto.

Ele abaixa o vidro sorrindo.

— Vamos donzela. — Pisca para mim.

Super discreto. — Alfineto e ele gargalha.

— E desde quando você viu um Voyaller ser discreto? — pergunta divertido.

— Royal com certeza é. — Entro no carro balançando a cabeça em negativo.

Dante - Em busca da redenção - Série Voyaller 2 (Degustação)Where stories live. Discover now