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ʏᴀɴᴇs,ᴘᴇʀsᴇᴘʜᴏɴᴇ

Não sabia dizer ao certo como me sentia, mas apenas desconfortável não chegava nem perto, por que o Payton falou de mim para essas pessoas?se ele quisesse saber algo era só perguntar, eu iria ouvir e me abrir com ele, eu estava chateada, fazia tempo que não me sentia desse jeito, talvez ele só quisesse ajudar, mas acabou atrapalhando.

Eu ainda não entendi direito, vou ser obrigada a me matricular na escola e vou ficar num lar adotivo temporariamente? por que estão me tratando como se eu fosse alguém necessitando de cuidados especiais?— era um pouco inútil fazer essas perguntas, não conseguia disfarçar o quão preocupada eu estava com aquilo.

Não é assim tão ruim, você precisa se socializar com pessoas que não são...doentes — o olhei incrédula.

Como assim doentes?eles não são doentes, vocês sempre julgam antes de saber, antes de conhecer as pessoas— reclamei chateada, não queria dar razão a esse tipo de pessoa, venho tentando provar o contrário desde sempre.

Persephone , você tem noção das coisas que faz? eu sei que é importante para essas pessoas, mas que tipo de pessoa vive em um hospital rodeada de doentes?— fechei os olhos com força.

Você praticamente mora na ala pediátrica, fica vagando entre os corredores das crianças com câncer, é mais 24 horas que todos os médicos do lugar e ainda ajuda na terapia em grupo— olhei para o chão. Não gostava e nem costumava discutir com as pessoas.

Eu gosto do que faço, ninguém nunca se importou, eu cuido da porcentagem das pessoas esquecidas, dos que "precisam" de tratamento— tentei explicar.

Eu só quero voltar para...para...casa— eu estava triste, não queria que me tirassem de lá.

Esse é o problema, Persephone, lá não é sua casa— olhei para a mãe de Payton, ela tinha vindo com a gente, até agora eu me pergunto o que eu estou fazendo em uma delegacia?.

Vai ficar tudo bem— não gostava dessa frase, sempre que alguém dizia ela, as coisas pioravam, mas eu tentava manter a esperança apesar de tudo.

Não sei se vai ficar tudo bem, querem me tirar do meu lugar e me por num lar adotivo, eu não quero mais uma família!— era raro isso acontecer, mas eu estava cansando de tentar explicar.

Mas você...

—Eles já são a minha família, não sei qual o seu conceito sobre família, mas se for igual ao meu, não quero uma, me levem de volta para a terapia por favor, estou perdendo o exercício de respiração — me remexi desconfortável naquela cadeira.

O mesmo policial que me trouxe, me olhava com pena, não é um sentimento legal sobre outra pessoa.

Vamos fazer um acordo, eu aceito entrar na escola, mas vocês me deixam no hospital, não só as crianças, as pessoas precisam de mim e eu preciso delas— disse baixo a última parte, não tinha certeza se eles aceitariam.

Levantei minha cabeça e a mãe do Payton me olhava atenta.

Acho que é um ótimo acordo— olhou para ele que pareceu pensar, mas acentiu, agradeci sorrindo.

Escola não deve ser um lugar tão ruim para quem só estudou "em casa", né?!.

•••

.Ver essa fic flopar em relação a comentários, tá me matando aos poucos ;-;, scrr.

🌻Mrssunshawnie🌻

ᴛʜᴇʀᴀᴘʏ◍ᴘᴀʏᴛᴏɴ ᴍᴏᴏʀᴍᴇɪᴇʀOnde as histórias ganham vida. Descobre agora