Capítulo 11

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Naquele mesmo dia, após a aula Happy havia buscado Riley para finalmente conhecer por completo sua nova casa. Ela estava nervosa e nem um pouco animada por viver com seu pai, mais sabia que era melhor que viver em um orfanato e depois da briga entre ela e Tony, sabia que ele não tinha nenhuma noção em como tratar e cuidar de um adolescente como ela. Riley imaginava, como seu pai reagiria se descobrisse que ela, sua filha era a tão famosa hacker. 

— Chegamos.- disse happy animado. — Animada para conhecer sua nova casa?

— Uhuu, não está vendo minha empolgação?- perguntou Riley co cara de poucos amigos.

— Sei que Tonu pode ser....Tony, mas saiba que ele te ama independente de tudo.

Riley não respondeu, apenas voltou a observar toda a paisagem que logo de ruas de NY era uma garagem com vários carros chiques e com certeza muito caros.

— Uau, de quem são?- perguntou ela inocentemente.

— Do seu pai e agora seus.

Aquele foi o momento, em que ela finalmente sorriu, mas não um sorriso agradável de se ver, era um sorriso que apenas Riley sabia dar, um sorriso de que ela  havia pensado em uma grande ideia.

— Interessante.- murmurou ela.

Happy parou o carro em uma das vagas e abriu a porta para Riley que já estava quase saltando daquele carro, não aguentava mais ficar dentro dele, ela não havia percebido na primeira e última vez que viera, o quão longe era de sua antiga casa e de sua  escola. Ela realmente estava fodida se um dia precisava ir de ônibus para a escola.

— Querida, que bom que chegou.- disse Pepper logo que as portas do elevador abriu, ela esperava a garota animadamente. — Vamos, vou te mostrar o lugar.

Pepper não ficou apenas em mostrar, mas ela comentava sobre fatos que  ocorreram em alguns dos milhares  cômodos dali e muitos deles eram histórias de seu pai. Ela sabia o que ela estava fazendo, tentava a todo custo fazer a garota enxergar seu pai diferente e possivelmente tratá-lo melhor. Mas com todo histórico que haviam, ela não via isso acontecer tão cedo.

 A personalidade de Riley era algo difícil. Sempre foi a algo que incomodou Amanda, sua mãe. Quando criança, sua mãe sempre levava em psicólogos e mais psicólogos para tentar amenizar sua forte personalidade mas era algo que nunca ninguém foi capaz de melhorar, nem mesmo os milhares de medicamentos que já experimentou. 

Riley era e sempre foi uma garota muito gentil, mas apenas com as pessoas com quem ela tinha intimidade e realmente gostava. Ela era indiferente e as vezes grossa, e se algo acontecer ou alguma  pessoa fizesse alguma coisa para ela, era o fim. Ela iria até o final odiando a pessoa e fazendo de tudo para a pessoa ter uma vida miserável. 

Em alguns dos milhares diagnósticos, psicopata foi um dos vários transtornos que a menina poderia ter, é o que dizia os médicos. Mas Amanda nunca aceitou e então sempre procurava mais uma opinião. No final, apenas foi diagnosticada com *Transtorno de Obsessão compulsiva que acarretava em raiva e sem contar a parte de *evitativo, ela tentava o máximo possível a ficar longe as pessoas e isso ocorreu principalmente após sua mãe falecer, antes eram apenas as duas e seus códigos, após a sua morte, a garota Riley apenas focou 100% em seus códigos esquecendo de tudo e todos a sua volta. 
















CONTINUAAAAAA????

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*Transtorno de Obsessão Compulsiva - Muita gente pensa no TOC como simplesmente em um transtorno que gosta de ter as coisas arrumadas e tudo em ordem, mas é muito mais que isso. TOC é um transtorno grava que causam mudança no comportamento, emoções e pensamentos, onde a pessoa é compulsiva com repetições, rituais, evitações e também existe o caso das preocupações em excesso, pensamento inapropriado, que geram medo, desconforto, aflição, culpa e até mesmo a depressão. E muitas pessoas com o TOC, tentam suprir a raiva, mas quando ela transborda é algo terrível e perigoso. 

*Evitativo - É um dos transtornos de personalidade, onde a pessoa resiste ao máximo possível o contato interpessoal, até mesmo em seu local de trabalho. A pessoa não se envolve com outras pessoas sem ter total certeza que está bem recebido, é uma pessoa também preocupada com crítica e rejeições e não fazem amizades facilmente já que se sentem inferiores as outras pessoas.

Gente, esses transtornos não é brincadeira e se você conhece alguém que tenha alguns desses dois ou qualquer outro transtorno ou doença, por favor tenham paciência e incentivem a procurar ajuda. 


Beijinho na bunda!!!

Cry For Me - Peter ParkerWhere stories live. Discover now