Gabriel, O Conto || A.B.

TWO | THE SECOND

Texto publicado às 03:01 do dia 15/09/2017

Quando se cresce e o que nos torna crianças morre. Percebemos que somos robôs da sociedade. Com as regras de nascer, mostrar seu valor, reproduzir e morrer.

O colegial tinha acabado aos 17 e a faculdade aos 22. Percebendo que tudo o que eu havia conseguido era um casamento complicado com Karen, ela descobriu meu passado após meu maldito irmão ter lhe falado sobre o passarinho. Nunca tivemos um cachorro ou um gato e depois, nem tínhamos mais o plano de ter um filho. E então, tudo acabou.

Quando descobri sua traição, ela me fez voltar a matar.

Saí de Cleveland para a San Diego aonde as pessoas mostram ser felizes e quentes, mas é tudo uma mentira. Quando se mata o que os deixavam felizes, que eram seus animais de estimação, eles ainda sorriam, mas não de verdade por

Todos já estavam mortos por dentro.

Um dia me pegaram matando o gato da vizinha e me levaram ao tribunal ser condenado há quinze anos de prisão, mas então o juiz muda de opinião e diz: "Se você se arrepender de seus pecados, filho, você está liberado". Eu concordei de primeira e ele continuou: "Então, me prometa que assim que você sair desse tribunal, você irá para um igreja".

Me liberaram e eu fiquei pensando a quanto tempo, eu não ouvia a palavra "igreja". Tinha parado de ir, logo que casei.

Fui até uma igreja católica e confessei meus pecados ao Padre Pedro, ele se tornou meu melhor amigo naquela cidade e dois anos depois, ele morreu, mas ele me deixou no comando da igreja e quando vi, eu era padre.

Passei cinco anos no confessório e percebi o quanto as pessoas eram podres.

Uma mulher de 23 anos tinha vindo a mim e dito que matou seu esposo por achar que ele a estava traindo, mas no final ele estava visitando o filho da sua irmã que havia falecido e ficado órfão.

Havia também um garoto que roubou uma velha para mostrar para seus amigos da gangue o quanto ele tinha poder e só havia se sentido pior.

E veio uma garota que queria se matar por ter sido estuprada pelo pai.

Quanto mais tempo eu passava ali, eu pegava os pesos das pessoas para mim e de repente, as coisas estavam mudando novamente.

:v - Nota do Autor: não esqueça de comentar e votar, se gostou da história e se não gostou não tem problema me xinga nos comentários.