This did not happened?

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[...]

Eu não sei quanto tempo fiquei desacordada, mas sei que fui acordada pelo choque da água fria.

- Até que enfim, bela adormecida. - uma voz grossa e áspera soou no local onde estava. Não sabia a quem pertencia a voz, ainda tinha o saco preto em minha cabeça.

- Quem é? O que você quer de mim e dos meus amigos? Eu não fiz nada, me deixe em paz!

- Acalme-se senhorita Deinert, agora que começamos a nossa diversão.

- O-o que você vai fazer? Me deixe em paz, por favor!- estava ficando desesperada com todo o silêncio que tomava conta do local.

- Não sei, o que acha que devo fazer com você? Quebrar um dedo? Talvez dois? Ou três? Melhor ainda! Quem sabe raspar seu cabelo? Oh sim, seria muito divertido. - senti um toque em meu queixo, que logo recuei.- Não seja mau agradecida, hum? Eu te poupei da morte, deveria me agradecer.

- Oh nossa, muito obrigada, não quer que eu beije seus pés, vossa alteza? Me poupe.- deixe escapar meu pensamento.

Uma risada tomou conta do ambiente, uma risada nasalada.

- Sempre tão corajosa, não é? Até desconfiei da sua súplica agora a pouco.

- O que inferno você quer comigo? Eu sou só uma estudante de Belas Artes e garçonete nas horas vagas, o que eu teria pra oferecer? Eu tô dura, se é dinheiro que você quer, pode desistir, não tenho nada. Provavelmente já fui demitida do meu trabalho, então O QUE INFERNO VOCÊS QUEREM DE MIM? - soltei tudo rápido demais pra filtrar as palavras.

- Você pagará caro por essa mau criação, Deinert.

Tudo ficou em um silêncio assustador e me condenei mentalmente por ter falado tudo isso.

Eu tinha que abrir essa minha boca grande?

Soltei um grito de dor ao sentir algo me dando choque, e logo após água fria sendo jogada contra meu corpo.

- Isso dói, hum?

- Filho da...- eu fui interrompida.

- Pensa bem no que você vai dizer, mocinha.

O saco preto foi retirado da minha cabeça revelando um cara alto e moreno que eu nunca vi antes.

- Eu te conheço?- perguntei irônica.

- Pode apostar que não, mas eu te conheço o suficiente por nois dois, deinert.- ok isso me deu medo.

- Me conhece de onde?- deixei escapar.

- Quem faz perguntas aqui sou eu.

- Babaca- sussurei logo em seguida levando um tapa no rosto como resposta.- Aí filho da puta, quem você acha que é?

Mais um tapa, dessa vez mais forte.

[...]

Eu não sei por quanto tempo isso durou, várias e várias vezes. Choque, água fria, tapas, queimaduras, socos e agora um dedo quebrado.

RUN, NOWWhere stories live. Discover now