- Mamã.

- Oi, baby. - arrumo seus fios ralos de cabelo - o que foi?

- Dada mamã.

- O que, baby?

- Mamã. - ele choraminga e agarra a barra do meu vestido - Tetê.

- Agora não ... Olha só, o papai foi buscar um papazinho bem gostoso.

- Tetê mamã. - choraminga.

Seus olhinhos enchem de lágrimas e seu lábio inferior tão pequeno se projeta pra frente em um bico enorme. Não posso resistir a isso, que se  dane. Luke sempre come e mama em seguida, dessa dez vai ser inverso e tá tudo bem.

- Tá bom, bebê, mamã vai dar tetê. Vem cá ... Up. - resmungo e o puxo para o colo - não chora que a mamãe não gosta do bebê chorando.

- Dada. - ele coloca a mão dentro do meu vestido e pede dengoso.

Beijo sua bochecha macia enquanto libero meu seio pra ele, Luke como todas as vezes não perde tempo e pega sem erro. Sua mão gordinha descansa em meu peito e seus olhos ficam nos meus, ele sorri como se o que fiz é a melhor coisa do mundo, ele está satisfeito e mal mamou, mas ao de ter o que deseja já vale a pena.

A porta do quarto abre, Luke arregala os olhinhos e levanta a mão com o dedo indicador apontando para cima. É muito fofo, e muito esperto também.

- Cheguei. - Kage anuncia.

- É o papai. - respondo sua pergunta muda - mas o papai demorou muito né, filho?! Não deu pra esperar.

- Demorou de descongelar. - Kage para a minha frente com o potinho sobre uma fralda de pano - e agora? Larga o tetê pra papar, cara. - ele cutuca a bochecha do bebê que ri - larga o tetê. - Luke balança a cabeça em um não curto e rápido.

- Não tem problema, amor, só coloca na bolsa pra levar. Quando sentarmos para comer ele vai querer também.

- Certo. - concorda - carinha, você é muito apressado.

Eu rio do tom de Kage, Luke não dá a mínima só vira seus olhinhos e continua mamando. Como precisamos sair logo, peço que Kage pegue o carrinho a mochila e tudo mais que vamos precisar e coloque no carrinho, eu vou com Luke pendurado no peito mesmo já que não tem outra escolha.

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Para alegria dos meus pobres braços o restaurante fica perto da pousada, foi fácil e rápido chegar lá. E assim que chegamos Luke aceitou sair do peito e ir para o cadeirão, enquanto esperávamos nossos pedidos chegarem aproveitei para dar a comida do menino e depois podemos comer tranquilos.

E agora já estamos no calçadão procurando um melhor lugar para instalar nossas coisas. O sol está na temperatura certa, não está ardendo na pele mas também não está escondido a ponto de sentirmos frio. A temperatura também está ótima e Luke já tem as bochechas coradas e vai toda animado em seu carrinho.

- A comida estava uma delícia mesmo. - Kage murmura - Comi tanto que me sinto estufado.

- Tem certeza absoluta que não é alérgico a camarão, Kage? Porque me lembro bem de ler sua ficha médica onde dizia "alergia a camarão".

- Quando eu era criança, angel, não tenho mais alergia a anos. E se tivesse já estaria morto com o tanto que comi.

- Certo. - concordo.

- Não sou alérgico.

- Tá bom, amor. - concordo de novo - aqui acho que esta bom. Vem cá, filho. - tiro Luke  do carrinho e o acomodo no colo - olha quanta coisa linda, filho.

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