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   A "mutação instantânea" de Gwen mudou bastante a dinâmica da toca. Estávamos mais agitados e fazíamos mais brincadeiras, como se todo aquele clima ruim e pesado tivesse simplesmente ido embora. Donnie não soube explicar muito bem, mas parece que a mudança obrigou o corpo de Gwen a ter que regenerar todas as células do corpo, curando assim as feridas dela. Agora apenas três cicatrizes sobraram de lembranças da noite sombria que nos conhecemos.

   Como ela conseguia se mover sem sentir dor, Leo começou a ensina-la nossa luta, e cá entre nós, ela não estava se saindo tão mal. Apena a sua falta de sintonia com seu próprio corpo que a atrapalhava. 

- ...e um chute lateral - Leo ditava as regras (ele sempre foi bom nisso, o Splinter Jr.) - Não, mais pra cima

- O que?? Isso não sobe mais! - ela falava, olhando pra própria perna, já esticada. 

- Vamos lá, não é tão difícil. Isso, isso! Agora a rasteira

   A garota se atrapalha e cai com a barriga pra cima.

- Não era bem pra você cair, mas acontece - Leo a ajudou a levantar - Agora, mais uma vez 

   Depois de algumas repetições, Leo resolve dar a ela um novo desafio.

- E agora, que tal você tentar derrubar o Rapha? - ele arqueia uma sobrancelha para mim - Ele não ta fazendo nada além de te olhar faz uns 25 minutos.

   Senti meu rosto corar e balancei a cabeça em negação.

- Derrubar ele? Eu acho que não - ela se levantou e bebeu um pouco de água - A menos que ele queira... 

   Leo arregalou os olhos e eu levantei  cabeça a olhando fixamente. Ela estava me olhando com um olhar desafiador e malicioso.

   Devolvi o desafio e estalei os dedos das mãos.

- Vamos lá então - eu joguei os sais no canto.

- R-Rapha, ela é nova, pelo amor!!! Não precisamos que ela se machuque de n... - Leo resmungou.

- Leo - ela interrompeu - Eu consigo. Tenho o melhor professor que poderia pedir.

   Meu sorriso sumiu. Eu não sei bem por que, é como se ela esquecesse que ela só esta aqui por minha causa e que o Leo não teve nada a ver com isso!

   Nos colocamos em posição. A cauda dela balançava de um lado para o outro e as orelhinhas estavam postas para trás, em sinal de alerta. Ela correu em minha direção e tentou alguns ataques. 

   Lentos demais. Tortos e sem precisão. Eu estava com os dois braços para trás da carapaça, apenas me movendo. Ela tentou mais algumas vezes até decidir usar o ataque que o Leo havia lhe ensinado, mas algo deu errado, e ela acabou pisando na própria cauda. 

   Antes de que ela tocasse o chão eu a segurei pela cintura, deixado nossos rostos  centímetros de distancia. 

   Os olhos dela estavam arregalados e eu congelei por alguns segundos, ficando totalmente vermelho quando percebi. Eu ergui os braços num impulso, largando-a.

- Aaaaii!! - ela reclamou com a mão na cabeça - Qual o seu problema? 

- E-eu n-nã...annh... Grrr! - bufei, nervoso e gaguejando. 

   Dei meia volta e corri do dojo, sentindo os olhares queimando meu casco.

   O que foi que eu fiz? Era só segurar ela, eu já fiz isso antes, então por que eu congelei? 

   Aaaaa!!! 

   Subi até a superfície, e a brisa gelada da noite me envolveu. 

- Mas que porra! - eu chutava algumas antenas e tubulações soltas nos terraços - Por que eu sou tão idiota? 

   Vi um movimento na rua. Uma vã muito suspeita, com os mesmo caras daquela noite, quando Leo me obrigou a deixa-los ir. 

- Dessa vez, não tem Leo para proteger vocês - eu rodei meus sais e sorri - É hora de extravasar um pouquinho 

   Desci e aterrissei furtivamente no teto da vã. Queria ver se me levariam até mais alguns caras, por que só três seria muito rápido pra mim. 

   Eles andaram mais ou menos 20 minutos e pararam na frente de um prédio, aparentemente vazio. Me escondi no meio dos latões que tinham ali perto e esperei digitarem o código de segurança para abrirem a porta da garagem. Logo antes que fechasse eu me esgueirei lá dentro, sempre alerta, como um ninja dever ser. 

   Assim que entrei, dei de cara com um imenso salão, cheio de caixas e soldados do clã por toda a parte. No meio do salão, o Destruidor e Baxter Stockboy estavam de frente para uma grande tela, onde o Grande Krang aparecia por completo.

   Foi naquele momento que eu percebi que talvez tivesse sido um erro ir pra lá sozinho e sem avisar ninguém. Mas agora era tarde para se lamentar e eu não sou de voltar a trás. 

   Mandei um sinal pelo T-phone para os meninos, mas continuei ali, esperando.

- ...e você deixou ela escapar? Mas que grande incompetente deixa uma garotinha fugir? - Krang rosna na tela - Se não pegarmos ela de volta, uma guerra vai assolar a 5 dimensões e você não vai querer aqueles malucos atrás da sua querida cidadezinha. E ela nem ao menos sabe de sua importância! Se você, seu grande IDIOTA, a pegar, vamos ter uma grande moeda de troca pelo que queremos. Aquele canhão vai eliminar seus inimigos num piscar de olhos. O que acha de não ser mais derrotado por adolescentes?

- Se não começar a me dar o respeito que eu exijo, pode considerar nossa "parceria" acabada - ele mostrou suas lâminas para a tela, fazendo o Grande Krang revirar os olhos.

- Sim, sim, você vai vir atrás de mim e blá blá blá - ele o imitou com uma voz esganiçada - Você é muito previsível, depois de perder tantas vezes pra aquelas tartarugas, não acha que esta na hora de mudar a estratégia?

   Pude enxergar o sorriso do Destruidor por trás do capacete.

- Eu já mudei

   Alguém me segurou pelo braço e arrancou minhas armas, e em dois segundos eu estava no chão, imobilizado, sem ao menos ver  que estava acontecendo. 

- Não! - eu gritei, espumando de raiva - Me solta, desgraçado! Lute comigo como um guerreiro de verdade! 

   Ele riu.

- Pobre criança - ele se aproximou  passos lentos, mas eu ainda não consegui me mexer, totalmente imobilizado no chão, aos pés dele - Vocês estão com a garota, não estão? 

- N-não sei do que v-você esta falando - gaguejei, o soldado torcendo mais ainda mais meu braço.

- Não minta pra mim, criança - ele colocou seu pé em cima da minha cabeça, com uma pressão absurda - E que tal isso, Krang: uma vida por outra? Os irmãos dele não exitariam não é mesmo? - ele se aproximou do meu ouvido e cochichou - Eu já tirei seu "pai" de vocês, e adoraria ver aquelas expressões de horror de novo - ele gargalhou alto - Bom sonhos, minha criança

- S-seu filho da p... - senti uma dor muito forte na cabeça e simplesmente apaguei.



E ai minha gente?! Tudo certo? (por que com o Rapha não ta não, neh?!)

Alguém tem alguma soundtrack para me indicar? Recentemente eu comecei a ouvir "Panic! At the Disco" e to amando muito! Ela me inspira, e eu gostaria de algumas sugestões que podem ter o mesmo efeito hehe

Bom se tiverem deixem ai nos comentários, não se esqueçam de votar e me seguir tá bem?!

Bjs de luz para vocês e até a próxima :3 :3 


Turtle Blood -{{Tmnt}}-Onde as histórias ganham vida. Descobre agora