Capítulo 2 - Missões.

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Nos dias atuais.

Eve Dallas.

Estressante.

Estressante é a palavra perfeita para descrever meu dia de trabalho. Eu já não estava mais aguentando ficar trancada naquele escritório, precisava ir para casa ou pelo menos sair de minha sala. Estava com saudades de trabalhar em campo, disfarçada e volta e meia com armas em punho.

Desde que fui promovida há dois anos eu não faço nada que não seja olhar papeis e cuidar de casos antigos que quase já não tem mais solução, e eu estava explicitamente odiando cada parte dos meus dias no FBI.

Eu odiava ficar enfurnada em uma sala sem a ação do trabalho de campo, e para melhorar ainda mais minha situação estou há quase uma semana sem meu marido, e talvez, todo esse meu mau humor tenha isso como um dos motivos.

Eu sabia que não deveria ter me casado com Ethan, que não seria fácil manter nosso relacionamento longe dos tablóides e das vistas dos chefões do FBI e até mesmo dos homens de Ethan, mas eu não consegui resistir a ele e nem a tudo que viria junto com ele. Não tivemos um começo fácil, nem um casamento de gente comum, apenas uma troca de alianças em uma capela de Las Vegas.

Enterro as mãos em meu rosto, bufando de raiva por ter que ficar enfurnada dentro de minha sala e quando estou prestes a levantar e sair andando por aí, meu telefone toca, e tudo o que consigo fazer é bufar irritada mais uma vez.

– Eve Dallas. – eu digo ao atender.

Na minha sala Dallas. Agora. – não era um pedido, e sim uma ordem, contida e furiosa de meu chefe.

– Sim, senhor.

Desligo o telefone e levanto de minha cadeira para seguir em direção a sala de meu chefe.

Mais essa agora!

Bato na porta e ponho minha cabeça para dentro da sala. Cameron Stanford poderia ser capitulado como o pior comandante de toda a história. Acho que eu preferiria mil vezes trabalhar com Hitler a ter como chefe este homem. Apesar de trabalhar a quase quatro anos com ele, ter essa convivência não é nem um pouco fácil.

– Entre logo Dallas. – ele ordena sem sequer erguer o rosto para me encarar.

Minha vontade é de simplesmente sacar minha arma e ensinar um pouco de educação para ele, mas em vez disso, apenas me limito a obedecê-lo. Não estou muito a fim de ser presa hoje e muito menos de arrumar problemas maiores do que ser casada com um mafioso procurado.

– O que quer falar comigo Cameron? – pergunto ao me sentar na cadeira vazia de frente para ele, estalando as juntas de meus dedos. Um perfeito sinal de ansiedade.

– Tenho uma missão para você – ele diz e desta vez erguendo o olhar para mim e colocando-o em meu rosto. Ele entrelaça os dedos sobre a mesa e me encara de maneira incisiva.

Ele disse o que eu penso que ele disse?!

Empertigo-me na cadeira e presto mais atenção no que ele quer me falar. Eu realmente estava precisando de uma boa ação neste meu trabalho.

– E o que vou ter que fazer? Quem terei que matar desta vez?

– Se você não mata-lo, vai ser melhor para a nossa operação, mas se não tiver jeito, pelo menos me traga a cabeça do desgraçado, sim?

– E quem seria o sortudo da vez?

– John O’Connell.

Naquele instante sinto todo o meu sangue congelar, e minha temperatura pode ser comparada a de um iceberg de tão gelada que eu sei que estou. Ele só pode estar brincando!

Meu Marido Mafioso. ||AMOSTRA||Onde as histórias ganham vida. Descobre agora