Ele é o tipo de cara que chama atenção, com seu corpo forte, cabelo preto sempre bem arrumado, olhos castanhos intensos e uma pele bronzeada que me causa inveja. Não nego que ele é um charme e não condeno as mulheres que caem na sua lábia.

Caminho ao lado deles e vou para o estacionamento pegar meu carro. Tudo o que mais quero agora é um banho quente e a minha cama.

Sem dificuldades sigo pelas ruas vazias do Rio no início da manhã de domingo e chego ao eu condômino mais rápido do que o programado. Quando entro na minha rua, vejo uma quantidade de carros e motos que não é normal. Certamente algum vizinho deu uma grande festa.

Para o meu aborrecimento, a entrada da minha garagem está bloqueada, o que me impede de estacionar o meu veículo. Sinto uma pontada de dor de cabeça despontar furiosamente. Era só o que me faltava ter que enfrentar a falta de educação desses farristas logo cedo.

No instante que piso no meu quintal, eu fico estática, sem acreditar no que vejo. Algumas pessoas estão jogadas pela minha varanda, enquanto outras estão ao redor da piscina seminuas e um cara boia no meu colchão inflável completamente nu.

Meus pés parecem pregados no chão, pois não consigo dar um passo a frente. Acho que estou em estado de choque.

— Quer tomar banho comigo, chuchu? — O cara nu me faz esse convite e, só neste momento, que saio do meu estado inerte.

— Quero você fora da minha casa — digo furiosa. — Todos saiam daqui, a festa acabou.

Começo a caminhar para a entrada da casa berrando histérica e ordenando que todos se retirem. Eles me olham ainda embriagados e com um sorriso brincalhão no rosto, mas quando puxo uma cadeira jogando uma garota embriagada que está sentada nela no chão e a arremesso até a piscina, eles percebem que estou falando sério e começam a ir embora.

Assim que vejo meu jardim vazio, me preparo para entrar em casa. Se no quintal estava esse pardieiro, não quero imaginar como ficou a minha casa.

Eu mato a minha irmã!

Assim como esperei tudo está uma zona. Um som relativamente alto para o horário toca na sala, corpos estão jogados sobre meu tapete caríssimo e o meu sofá prefiro nem comentar o estado que se encontra.

Saio pelo corredor atrás da minha irmã, se ela arrumou essa confusão, vai ter que colocar todos esses bêbados para fora. Estou exausta do trabalho e não quero lidar com esse monte de gente que não conheço.

— Carla, que porra é... — minha pergunta morre quando abro a porta do quarto dela e a encontro cavalgando o namorado. — Porra! — Tampo os olhos tentando apagar a visão infernal de ver a minha irmã trepando. — Quero a minha casa vazia, desce desse pau agora e tira esse monte de desocupado da minha casa. Vou tomar um banho, quando eu acabar, quero que todos estejam longe daqui.

Fecho a porta e tiro a mão dos olhos. Maldita hora que deixei Carla morar comigo, fui uma tola em cair na sua conversa fiada que queria estudar e que aqui seria mais perto da faculdade.

Ela não tem nenhuma responsabilidade, já trancou três matrículas e não sabe o que quer. O sonho dela é casar com um homem rico e ser modelo. Não sei onde a minha mãe errou na criação dela, talvez mimá-la demais por ser a caçula tenha ajudado a transformá-la em uma irresponsável.

Abro a porta do meu quarto louca para ir ao banheiro e tirar esses malditos saltos que estão me matando. Preciso desesperadamente colocar as pernas para cima, só assim alivio a dor de passar a noite em pé.

— O que é isso? — pergunto incrédula quando vejo um cara deitado na minha cama acompanhado de duas mulheres. — Acordem! — grito completamente descontrolada. Hoje não é o meu dia. — Quero todos fora, saiam do meu quarto.

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