— É claro que.. – Peter percebeu que o olhar de seu amigo era o mesmo a morena - Ei! Ele jamais faria alguma coisa a vocês! – O garoto deixou um leve tapa no ombro de Ned, arrancando uma gargalhada dos dois adolescentes presentes.

Peter adorava estar assim com seus amigos, um momento de paz onde não precisavam se importar tanto com a escola, seu futuro... O momento onde eles podiam ser adolescentes e fazer coisas bobas.

Bom... Eles podem fazer isso até o sinal tocar lembrando que eles devem voltar para as sacrificantes aulas.

— Mas já? – Michelle resmungou enquanto levantava, seguida dos dois garotos a sua volta.

— Pare de reclamar, estamos quase no fim da manhã! – Disse Peter num tom contente, ajeitando a mochila em suas costas enquanto caminhava entre breves pulinhos.

— Como ele consegue? – Ned perguntou à morena enquanto via o amigo se afastando

— Bem... Ele é o Peter e está sendo o Peter – Ela negou com um sorriso em seus lábios, começando a caminhar com o garoto de cabelos escuros...O fim da manhã chegou assim como uma grande quantidade de alunos que saíam com uma pressa imensa pela porta da frente do edifício escolar.

Eram como uma manada de elefantes, ignorando tudo oque havia em sua frente apenas para chegar ao seu destino, ou seja, a liberdade da escola.

Peter e seus amigos sempre optavam por sair após a multidão, era mais calmo e com certeza mais seguro afinal, não iriam correr o risco de serem atropelados e gravemente feridos pelos mamutes em questão.

— Peter, tem certeza que seu pai não vai deixar? – Ned insistia mais uma vez em perguntar se Peter poderia passar a noite em sua casa.

— Ned, você sabe que ele não vai deixar, ele nunca me permite fazer nada que não seja perto dele. Eu odeio isso, é como se ele não entendesse que eu sei me virar sozinho também – O de cabelos castanhos respondeu em um tom triste, desviando o olhar para o chão enquanto caminhavam para fora do prédio.

— Não esquenta Pete, ele vai mudar de ideia logo, logo. Você vai ver só! – Michelle disse em um tom otimista que fez com que os garotos o olhassem de uma forma estranha – O que foi? – Disse ela com um sorriso inocente estampado no rosto.

— Seja oque for que estejam tramando, saibam que não vai resultar – Disse um Peter que estava se afastando até o carro que já conhecia há muito tempo, o de seu motorista, Happy – Não esqueçam de me ligar, hein!? – Ele acenou e entrou no automóvel, deixando sua mochila de lado para prender seu cinto e enfim cumprimentar o amigo motorista - Oi, Happy!

— Como foi a aula, garoto? Me deixe adivinhar, o mesmo de sempre? – Ele deu uma risada baixa enquanto dava a partida no carro.

— Exato, nada mudou... Nunca muda, na verdade – Peter soltou um suspiro ao sentir o carro se movimentar enquanto via os rostos de seus amigos diminuírem.

A medida que o automóvel andava, a cabeça do garoto de olhos claros começava a ser preenchida de pensamentos, todos diferentes um dos outros mas que sempre acabavam no mesmo lugar, uma total confusão.

De certa forma, essa confusão por vez ou outra era esclarecedora, Peter entendia perfeitamente o porque de não poder ficar longe de seu pai, entendia que foi culpa do Rogers mas, as vezes ele achava que isso era um pouco bobo, ele nunca o iria deixar, não custava nada o permitir ter as rédeas um pouco mais frouxas.

E como em um estalar de dedos, o carro havia parado. Já estava estacionado em frente a enorme e gloriosa mansão Stark.

— Obrigado, Happy.. Até amanhã! – Assim que se despediu, Peter pegou sua mala e saiu do carro, logo avistando seu pai parado em frente a porta de entrada, esbanjando um grande sorriso pela felicidade de ver o adolescente. A atenção do garoto foi apenas desviada de seu pai para a outra grande casa ao lado, um barulho acabara de ecoar de lá.

Tanto Anthony quanto seu filho olharam para o terreno vizinho a fim de descobrir a origem do som que não foi tão difícil de descobrir, afinal, um caminhão -Com algum emblema de fretes para mudanças em sua lataria, havia acabado de sair de frente a casa.

Seguido a isso, um homem alto de cabelos negros e um pequeno sorriso em seu semblante aproximou-se da cerca que dividia o espaço limite entre as casas, este possuía também olhos azuis, um azul tão claro que ornava com o tom branco de sua pele, mas que também continham leves tons esverdeados, tornando a cor perfeita, única.. Trajava também uma calça social preta em conjunto a uma camisa branca, Peter deduziu que ele tinha vestimentas que seu pai também usaria, logo, ele devia ser alguém importante.

— Olá, vizinho! – O dono da voz um tanto quanto grossa e entoada cumprimentou Anthony com um breve aceno e em seguida, Peter.

Hello, Neighbour.Where stories live. Discover now