╭✿ Capítulo 33

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Quando eu tinha 9 anos eu achava que eu nunca encontraria a pessoa certa, não como meus pais, não como minha irmã, nem como os filmes onde os casais depois de quase mil balas atravessarem seus corações eles ficarem juntos no final

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Quando eu tinha 9 anos eu achava que eu nunca encontraria a pessoa certa, não como meus pais, não como minha irmã, nem como os filmes onde os casais depois de quase mil balas atravessarem seus corações eles ficarem juntos no final. Eu sempre achei que eu não era bom o suficiente, que eu ia dar um jeito de estragar tudo com o meu jeito nada romântico de ser, mas algo em mim mudou, mudou quando eu conheci ela, quando eu conheci a Kathe, quando de alguma maneira eu senti que eu podia ter aquilo, eu podia ter o amor que eu li nos poemas que ela mesmo escreve.

Vendo Kathe ali, vendo ela ajoelhada com as alianças de tranças, as mais lindas que eu já vi, eu tive plena certeza do quanto eu a queria, do quanto eu a amava. E sem sombra de dúvidas esse sentimento era o mais devastador e surreal que eu já havia sentido na vida, agora eu entendo mais que nunca a frase do Senhor Darcy "De todas as armas do mundo, agora eu sei que o amor é a mais perigosa. Pois eu fui fortemente ferido", e de fato, eu fui fortemente ferido e pela primeira vez, eu não quero que cicatrize:

- Kathe, mil vezes é pouco para quantos sins eu te diria, você é a "minha pessoa", entende? Você é como uma estrela, a mais brilhante e linda estrela do céu, eu te amo, eu te amo muito. - Eu mergulho em seu olhar profundo, em seus olhos arroxeados, eu sei o quanto ela é reservada, ela tem um escudo bem reforçado em volta do coração, eu sei que ela tem medo de se ferir e eu não espero que ela responda tão cedo o meu "eu te amo", mas com toda certeza ninguém irá feri-la, eu não vou deixar, pela primeira vez alguém fez meu coração acelerar e me obrigou a experimentar café (que é sem dúvidas sua droga preferida), eu vou ficar ao lado dela quando ela estiver chorando ou rindo, porque eu a amo e não estou nem ai para quem achar ou pensar que é cedo, porque o amor simplesmente acontece, não tem hora, nem momento exato, apenas acontece e aconteceu para nós.

Eu me ajoelho com ela e a beijo, um beijo calmo que invade, um beijo apaixonado. Acho que agora começa uma página nova para nós dois, eu toco seus cabelos com cheiro de amora, toco seu pescoço, sua cintura e a puxo mais para mim aprofundando o beijo, enquanto ela aperta meus cabelos, com uma força que eu conheço bem. Isso não é uma mentira, isso é real, aqui e agora. Eu acaricio suas bochechas macias e sinto-as úmidas, delicadamente interrompo o beijo:

- Kathe, você está chorando?

- Sim, eu estou chorando de felicidade, eu gosto de você Thomy, não acredito que tudo isso é real, que você é real e não acredito que estou namorando um garoto do time de futebol, sabe... Isso é triste, achei que seria um intelectual, introvertido da biblioteca, combina mais comigo e com você uma líder de torcida mega super animada. - Ela arranca gargalhadas de mim, ninguém nesse mundo pode substituí-la, espero que um dia ela entenda isso, pois vou continuar repetindo.

- Me dá aqui sua mão, me belisca. - Ela ri e exita, mas o faz. No mesmo momento que seus dedos tocam minha pele, eu faço uma careta involuntária, segundos depois faço o mesmo com ela e levo uma tapa, relativamente forte, na mão. - Viu? Somos reais Tasty.

Será AMOR? | (EM REVISÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora