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se eu pudesse realizaria todos os teus sonhos e gravaria os nossos nomes no céu oceânico de passagens

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se eu pudesse realizaria todos os teus sonhos e gravaria os nossos nomes no céu oceânico de passagens. por nós, eu consegui perder a insegurança e despejar a tempestade de sentimentos, assumindo a nossa paixão. às vezes, me sinto fria, como a neve que salpica a dor na minha alma. por ti, eu colocava o fonógrafo para soar a nossa música, me vestiria na boémia para juntos provarmos da diversão e dos sabores da noite, efémera e longa, como a história das nossas vidas. eu mudaria a minha rotina, me passava a chamar maria, fotografava a minha simplicidade, preencheria as lacunas do vazio nos seus dias, repetiria o que tu significas para mim, pintaria as nossas ruas de vermelho, andaria de salto alto sobre a linha do acaso, bordaria os nossos caminhos coloridos, eternamente, me abrigaria no teu abraço para nunca mais te largar. no inverno, eu não dormiria mais de meias e deixaria o meu corpo se esquentar na chama do teu calor. quero-te ao meu lado, para poder te tocar, mergulhar em ti, sentir a tua alma adentrar na minha e para perder-me no labirinto que se inicia desde a porta dos teus olhos até ao teu interior. e, mais que tudo, é só de ti que eu preciso para amar e, juntos, nos complementarmos no laço de uma união. por ti, eu pintaria uma nova aguarela para encaixarmos as peças do nosso quebra-cabeça e continuarmos a viver, até que o para sempre chegue ao fim, e, os tornados do destino quebrem o fio do nosso equilíbrio. por ti, faço qualquer coisa para te ver feliz, se for preciso te deixo ir, a minha vontade é te deixar ficar, mesmo que seja tarde da madrugada, o que é para ser nosso, amanhã será.

– mesmo que eu fiz de tudo e queria fazer mais, para ti eu fui como o nada, sei disso.

Mayara Orcelino.

Para o homem borboleta-azul que vive na colina do outono estelarOnde as histórias ganham vida. Descobre agora