✿0.8✿

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Billie x

A preparação para as festas de fim de ano começaram aqui em casa. Eu queria aproveitar cada momento com a minha família e eu queria, de todo meu coração, estar pensando nos momentos que nós iríamos passar naqueles dias mas felizmente ou infelizmente, Mariana não saia da minha cabeça. Seu jeito, seu sorriso, nossa primeira vez. Eu pensava nela a cada momento e tudo me fazia lembrar dela.

— No que você tanto pensa, Billie? — minha mãe perguntou quando reparou no meu sorriso bobo enquanto eu a ajudava a preparar algumas comidas.

— Estou pensando em uma amiga — respondi apenas, não querendo entrar em muito detalhe no que eu estava pensando. Porque se ela soubesse...

— Aquela estrangeira que seu irmão está falando pra todo mundo que você está namorando? —

— Eu vou matar o Finneas — Suspirei — E é, é ela sim —

— Não fique brava com ele, só está feliz em não ser mais o único apaixonado na família —

— Wow, calma aí. Não acho que eu esteja apaixonada. Eu gosto dela, e muito. É só isso... Por enquanto —

— Ela por acaso é a menina que nós deveríamos ter conhecido no seu aniversário, mas aconteceu um imprevisto? — eu dei uma tossida falsa e concordei.

— Você sabe como é, não é? Não era a hora certa —

— Não sei o porquê de você estar demorando tanto para apresentá-la pra gente, com as suas outras paixões não foi assim — eu não tinha namorado muito na vida mas, eu sempre contava para os meus pais quando tinha uma paixãozinha por alguém.

— Ah! Mãe, quando as coisas ficam sérias não demoram muito para elas ficarem estranhas, e eu não quero que nada fique estranho com a Mariana. Ela é muito especial pra mim —

— Parece que meu bebê está amando pela primeira vez — ela veio em minha direção e me deu um beijo na testa.

— MÃE! PARA! — gritei tentando me soltar

— NÃO PARO! — ela gritou de volta e me encheu com mais beijos — Eu sei que esses beijos não é de quem você queria mas, são com muito amor —

— Mãe! — gritei, envergonhada.

Meu celular tocou. Quando o peguei, vi que era ela dei um sorriso involuntário.

— É ela, não é? — assenti — Vá atender, tenho tudo sobre controle por aqui —

Assenti e corri pra sala indo atender o celular, respirei fundo, para não parecer que eu estava desesperada e atendi.

— Oi, Mari — atendi, dizendo.

— Oi, Bil. Eu liguei porque queria saber como você está. Como está indo com as festas de fim de ano? — ela fez as perguntas muito rápido e eu prestei atenção para não me perder.

— Calma... Eu estou muito bem, as festas vão muito boas, mas e você? — perguntei já imaginando que ela não estava.

Alguma coisa em sua voz me dizia isso.

— Eu estou bem — senti que tinha algo diferente em sua voz.

— Fale pra mim. O que 'tá acontecendo? —

— Não tem quando eu te falei que se minha mãe perguntasse se eu era lésbica eu falaria que sim? —

— Uhum —

— Ela perguntou, na maior cara dura. E sabe o que eu fiz? Eu não consegui falar nada, não consegui me assumir. E isso foi uma grande decepção pra mim, porque desde que eu me descobri eu sempre falei pra mim mesma que caso minha mãe perguntasse eu falaria a verdade —

London •Billie Eilish• |✅Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon