eighteen

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S A B I N A

Passei os últimos dias trancada em meu quarto, sem conversar com ninguém, apenas refletindo sobre todo o ocorrido.

Chorei muito, assisti muitos episódios de friends, assisti vídeos engraçados no youtube, e me afastei definitivamente das redes sociais. Saia do quarto apenas em momentos estratégicos - quando Joalin ia à faculdade ou quando estava dormindo - para pegar suplementos como água e comida.

Fiz esse ritual até me sentir preparada psicologicamente e fisicamente para voltar, para conversar com as pessoas, para voltar a mexer no meu celular, e para sentir o peso da culpa saindo de mim.

Esse tempo também foi uma grande experiência de autoconhecimento. Descobri que ficar um tempo sozinha é melhor do que eu imaginava. Nesse período mudei minha opinião sobre muitas coisas, como por exemplo que Rachel e Joey é muito melhor que Rachel e Ross.

E é agora, após um banho morno e reconfortante que abro a porta e dou o primeiro passo para sair do meu quarto pela primeira vez em doze dias.

O salto da minha bota de cano curto faz barulho sobre o piso de madeira, atraindo o olhar de todos que se encontravam na sala.

Noah, Josh, Heyoon, Sina, Any, Joalin e Bailey estavam sentados nos sofás e poltronas da sala conversando até direcionarem seus olhares a mim.

A finlandesa vem correndo em minha direção me dando um abraço apertado, o qual retribuo na mesma intensidade.

Noah me olha de cima a baixo sem dizer uma palavra. Por impulso acabo olhando para minha roupa tentando achar o que ele encara tanto. Estou com um cropped de couro falso com um zíper que cobre toda sua extensão, uma calça jeans preta de cintura alta e a minha bota.

- "Hm, é aqui a reunião do odeio a Sabina Hidalgo?" - tento tirar um pouco da tensão

Noah se levanta e vem em minha direção, ele para em minha frente e olha fixamente em meus olhos antes de me dar um abraço.

- "Eu não to conseguindo respirar" - digo devida à força que ele usou no abraço, ele me solta e ri antes de unir nossos lábios em um selinho demorado

Ele se afasta de mim e, com as mãos e minhas costas, me empurra gentilmente até a poltrona em que ele estava anteriormente.

- "Isso aqui é uma intervenção por acaso?" - pergunto olhando ao redor - "Eu juro que não usei drogas" - levanto as mãos em rendição

- "Nós planejamos muito como iríamos te falar isso" - Beauchamp se pronuncia

- "E agora que você finalmente saiu do quarto podemos conversar sobre o que aconteceu" - a coreana continua

- "Olha, eu não vou pedir desculpas pelo o que eu fiz" - começo mas logo sou interrompida

- "E não precisa" - Gabrielly se faz presente

- "Nós temos que te agradecer" - Bailey diz

- "Amor" - o americano me chama e eu direciono minha atenção para ele - "Muitas coisas aconteceram nesse tempo que você se manteve trancada no quarto" - faço uma expressão confusa

unrequited love | urridalgoDonde viven las historias. Descúbrelo ahora