Epilogo

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DOIS ANOS DEPOIS

Alix colocou as sacolas sobre o balcão da cozinha e respirou fundo ao olhar o horário no relógio pendurado na parede. Já passava das sete da noite. O dia no trabalho foi produtivo.

— Alix. — Sua mãe apareceu carregando um buquê de rosas vermelhas nas mãos e andando em sua direção. — Como foi seu dia, filha?

— Pelo visto não tão bom quanto o seu. — Alix apontou para o buquê e Lauren revirou os olhos.

— Não sei o que a faz pensar que isso seja meu. — Ela entregou o buquê nas mãos da filha. — Quem tem um marido que a mima aqui por qualquer coisa é você, minha filha.

Alix pegou as flores e a levou ao nariz, se soubesse que aquilo seria sua pior atitude não teria feito.

No momento que o cheiro das rosas, sua preferida, precisava admitir, tocou em suas narinas, Alix saiu correndo na direção do banheiro que ficava no andar de baixo da sua casa. Tinha passado o resto da sua tarde sentindo uma leve dor de cabeça, uma pressão na parte de trás da cabeça e agora o cheiro das rosas simplesmente a fez correr para o banheiro e colocar tudo para fora. O que se resumia em seu almoço.

— Alix. — Sua mãe segurava seus cabelos ao lado, evitando que os fios fossem sujos pelo mal-estar repentino. — Dorothea — Lauren gritou e esperou que a mesma aparecesse.

Alix escutou sua mãe pedir que a mulher trouxesse água e até mesmo remédio para ela enquanto ficava de pé e limpava a boca. O que menos ela precisava era ficar doente dois dias antes do Natal.

— Não posso adoecer. — Alix jogou água contra o rosto e pegou a pasta de dente para escovar os dentes. — O Natal está chegando, já marquei com a Cloe de fazer algo especial aqui em casa e...

— Psiu! — Sua mãe a segurou pelo rosto a acalmando. — Não é o momento de pensar nisso, Alix. Você está branca feito um boneco de cera e, nossa, fria como um. Suando frio também, esse não é o momento de pensar em uma festa.

— Não foi nada, mãe. — Alix se afastou do toque da sua mãe. — Foi algo que eu comi ou... que dia é hoje?

— Vinte e três de dezembro? — Alix tocou os seios sentindo os mesmos doloridos, aquilo só tinha duas explicações: ou ela estava em seu período menstrual ou... — Meus seios estão maiores, não estão?

— Alix, seus seios sempre foram grandes, minha filha. Não faça pergunta difícil. E além do mais quem pode mesmo lhe responder isso é o Rex. Aquele homem sabe até mesmo quando você corta duas pontinhas do seu cabelo e... Céus! — Lauren calou-se e encarou Alix que ainda estava tocando os seios.

Alix viu a mãe levar as mãos até a boca e os olhos se encherem de água.

— Você não acha que...

— Preciso de um teste. — Alix saiu correndo na direção da cozinha tendo sua mãe em sua cola.

Pegou a bolsa e Lauren a seguiu na direção do carro, ela estava nervosa, mas sua mãe estava muito mais.

Não seria legal deixá-la dirigir. Pior ainda seria sair com seus seguranças, eles a veriam entrar em uma farmácia e ela temia que em segundos seu celular tivesse alguma mensagem de Rex, sua vida era mais ou menos assim: monitorada.

E tão certo quanto dois mais dois são quatro, assim que ela passou o seu cartão na máquina para pagar os quatro testes de marcas diferentes, seu celular tocou. O nome do seu esposo estava piscando na tela e Alix respirou fundo antes de atender. Amava a vida que tinha, amava seu esposo. Ainda lembrava cada detalhe do dia em que ela tinha falado o tão famoso sim para o tão temido Rex Colton, mas tinha certas coisas que a sufocavam, aquele tipo de coisa, por exemplo. Uma mulher precisava de espaço em alguns momentos da sua vida.

REX - Série: Homens da Máfia - Livro 1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora