Capítulo Seis

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“A primeira vez que te vi, meu coração sussurrou: é ela!”

“A primeira vez que te vi, meu coração sussurrou: é ela!”

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Gabriel

Nunca fui do tipo de pessoa que acreditava em anjos. Até que eu a vi. Ela estava usando uma roupa curta no meio de uma boate, tinha centenas de outras ali do mesmo jeito que ela. Mas eu a vi e ela me capturou sem nem se dar conta.

Não foi por sua beleza, que é extraordinária diga-se de passagem, mas foi pelos olhos expectantes, ela parecia procurar por alguém naquela balada e eu orava pra ela me achar. Mas não achou. Passei a noite toda olhando para ela do segundo andar da boate. Não estava ali pra curtir, fui ao encontro do meu amigo mas acabei encontrando um anjo.

Eu até queria ir até ela, mas ficar observando ela era delicioso. Lógico que fiquei puto quando vi alguns caras de olho nela. Mas também, linda daquele jeito, era impossível não chamar a atenção de todos os homens naquele lugar.

Pedi a um segurança ficar de olho nela quando tive que ir ao escritório da boate. Felix me esperava ali com um lado da cara vermelho e engolindo um copo de uísque puro.

Uma mulher tinha batido nele. Eu ri, afinal não é uma coisa comum de se ver já que elas geralmente abaixam as calcinhas assim que o olham. Nos olham. Somos bons na arte da beleza. Herança europeia talvez.

— Aquela garota vai se ver comigo! Quem ela pensa que é? - ele se joga no sofá que tem na lateral de sua sala e eu me sento ao seu lado ainda rindo — Para de rir, seu puto, minha cara tá toda vermelha!

— Aposto que esse tapa não foi de graça, Felix, mulheres costumam ter motivos para bater na cara dos homens. - ele encolhe os ombros e já sei que ele fez merda — O que você falou dessa vez? Perguntou se ela queria fazer uma suruba com você e seus amigos idiotas? - não me incluam nessa, não sou do tipo de homem que gosta de dividir o que come, me chame de egoísta, mas eu apenas me rotulo de faminto

— Perguntei quanto ela cobrava a hora. - eu deveria ficar chocado da imbecilidade dele, mas são anos de convivência com o cara e, o que ele tem de bom em fazer negócios, ele tem de ruim como homem

— Você só faz merda, cara. - ele fica resmungando — Vim pedir tuda ajuda. - ele afirma deixando o copo de lado

— Sempre. - esse é o lema da nossa amizade, quando um precisa do outro, não importa quando ou para quê, sempre estamos ali, pelo outro — O que posso fazer por você?

— Preciso de ajuda na editora do meu pai. - ele me olha por alguns segundos e percebo que não falei desse assunto nos últimos dois anos — Eu sei, não me pergunte como estou com isso porque nem eu sei. Só preciso lidar com a editora por agora. Depois resolvo se vendo, continuo com ela ou, sei lá, apenas declaro falência e acabo logo com isso.

— O que houve? - eu me ajeito no sofá sentindo meu corpo ficar tenso

— Roubo. - o choque está claro no rosto do meu amigo

Amor dos SonhosWhere stories live. Discover now