Capítulo Cinco

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— Você ama esse cara? Como isso, Melissa, esse cara nem existe! - Suiane briga comigo e eu afirmo — Me diz como isso pode ser possível.

— Eu não sei, ok? Eu só sinto isso. Esse sentimento tomando meu peito, me tirando o ar e eu me sinto tão estúpida por amar alguém que não existe! - agora minhas lágrimas correm soltas

— Eu disse que ler aquele tanto de livros ia te deixar maluca, Lissa, olha pra você. Linda, com dezessete anos, inteligente, tem um futuro incrível pela frente mas é lelê da cuca! - eu acho graça mesmo em meio a minhas lágrimas — Isso é culpa dos livros, Melissa, só pode!

— O máximo que posso acusa-los é de estimularem minha mente, só isso. - eu anuo — A culpa é minha, por querer tanto um cara perfeito que tive que inventar um.

— Não poderia achar um, tinha que inventar?

— E tem homem perfeito realmente, Suiane? - ela nega com um resmungo — Eu sei que isso tudo é uma loucura mas o que eu posso fazer?

— Esquecer? Superar? Cair na real? Usar esse cérebro que você tem? Sei lá, são muitas opções. - ela está bem brava e nem sei ao certo o porquê disso tudo, eu que tô ferrada afinal e não ela

— Não sei se consigo, Su, esse sentimento parece enraizado aqui. - eu aponto para meu coração e ela se levanta do sofá de supetão

— Pois vamos mudar isso agora mesmo! Levanta desse sofá e vai tomar um banho. Vou escolher uma roupa pra você e vamos para aquele abrigo que você sempre vai as sextas. Depois sair. Balada. Isso, tudo se resolve com uma boa dose de música alta e homem gostoso. - eu quero rir mas não consigo — Bora, Melissa. - ela me puxa e logo estou dentro do meu banheiro tomando banho

Quando saio Suiane tem uma muda de roupa separada para mim. Jeans e moletom. Talvez ela queira me deixar confortável e sou grata por isso.

— Vai, coloca o moletom por dentro da jardineira. Espera, onde tem tesoura? - eu aponto para minha mesinha e Suiane pega a tesoura vindo pro meu lado

— O que vai fazer com isso? - minha voz está meio assustada e ela ri

— Cortar essa sua língua grande. Tira o moletom rapidinho. - eu faço o que ela pede e logo vejo meu moletom ser cortado ao meio

Não digo nada, não adiantaria mesmo, Suiane não tem um pingo de juízo. Vou mostrar tia Jana e ela vai ter que comprar outro moletom pra mim.

— Veste agora. - ela me estende e eu faço o que ela pede — Viu, ficou muito melhor assim! - eu me olho no espelho e concordo com ela, mesmo com a cara de defunto eu pareço bonita — Coloca o All Star vermelho, vai ficar lindo. - eu a obedeço e ela sorri amplamente — Linda!

— Você ama me usar como uma boneca, né? Faz isso desde a muito tempo, o quê, dez anos?

— Por aí, agora vamos logo que temos muito o que fazer ainda hoje. - eu bufo mas a sigo para fora da minha casa

Suiane vai falando pelo caminho inteiro, vai tentando me distrair e, mesmo que não funcione muito bem, sou grata por ter ela ao meu lado. Lindinha vai no meu colo. As duas nunca parecerem se dar muito bem e consigo achar graça quando a minha prima fala comigo e minha cachorro resmunga tentando me distrair dela.

— O filho do seu Mirinho já chegou? - ela me pergunta quando estamos na esquina do abrigo

— Acho que já, sei lá. - eu dou de ombros — E por quê essa curiosidade toda?

— Eu soube que ele era um gato. - eu reviro meus olhos enquanto ouço sua risada — Vai me dizer que não está curiosa pra conhecer ele?

— Não estou, Suiane. - eu abro a porta do abrigo e entro — Boa tarde.

Amor dos SonhosKde žijí příběhy. Začni objevovat