Nem que eu fuja da morte

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Nem que eu fuja da morte...
Nem que eu fuja da vida...
Afrontarei o inevitável...
Viver longamente...
Vivendo pouco.
Saber que..
Quando adormecer...
Não possa acordar.
Quando acordar...
Possa a não voltar a adormecer.
Quando for...
Possa não voltar.
Quando vier...
Possa ficar.
A morte não está próxima...
Mas está perigosamente a espreita...
Sem atalhos...
Sem desvios...
Com virtuosismo...
Com verdade...
Sem dialética subtil.
Sem adulação...
Fazer da nossa existência um ponto...
Que a nossa existência é menos que um ponto.
Um momento único...
Concentrando todo o local num só.
Na batida do nosso coração...
No nosso respirar...
Não chorando a partida...
Que nunca foi.

Ass. : JC

Caminhos de um estóico da era modernaWhere stories live. Discover now