Desconcertado...
Na linha reta que devo seguir...
Na viagem que quero seguir...
Na lua que não vejo...
Na noite escura...
Mas eu sigo...
Sem rumo ou com rumo...
Numa viagem...
Que tem fim...
Ou não terá...
Desconcertado...
Na procura da vida...
Que não é vida...
Que veio muito antes de viver...
Que viverá depois de morrer...
De um Deus que procuro...
Que se calhar não preciso procurar...
Porque se calhar Ele já existe.
Desconcertado...
Nessa melodia que ouço...
Que meu coração insiste em tocar...
Mas a minha razão me faz chorar...
Dizendo que não é a realidade...
Eu quero!!!
Mais que essa realidade...
O que meu coração insiste em tocar...
Que a razão diz que não tem lógica...
Mas a melodia é a natureza...
É o meu coração que bate...
É a chuva que está a cair...
Que ninguém quer se molhar...
Eu molho-me...
Mergulho na chuva...
E deixo-me molhar...
Deixo-me morrer...
E finjo que vivo.
Desconcertado...
Em querer ser mais que a natureza...
Mais que o universo...
Ser Deus...
Ser Cristo...
Que se deixou crucificar na cruz.
Ass. : JC
