Esqueço-me de todas as respostas que formularam dentro de mim ao ver a sua cabeça a ir ao encontro do meu peito. Os seus lábios param a centímetros do meu mamilo esquerdo. Fito-a de olhos arregalados e com a respiração descontrolada sem saber ao certo se terá coragem de fazer o que imagino que irá fazer. Um segundo depois tenho a resposta da sua língua envergonhada a passar no mamilo e no piercing, lambendo o chocolate. Os seus olhos chegam a encontrarem-se no meio do processo com os meus como se quisesse saber se estou a gostar, eu só consigo soltar um rosno misturado com um gemido baixo. Os meus olhos continuam com a mesma expressão aterrorizada, o que faz com que ela recolha a língua para dentro da sua boca intendendo que não estou a gostar, mas é mentira. Eu nunca deixei que uma mulher demorasse muito tempo a cariciar o meu corpo, porque o meu dilema é tocar no corpo feminino e foder até gozar, nada mais. Sem caricias, sem sentimentos envolvidos, só prazer.

Isto é novo para mim. É verdade que já tive as mãos de Eva no meu corpo, mas hoje parece ser diferente. Não sei explicar ao certo o porquê, mas... neste momento não quero que Eva se afaste de mim. Quero que continue, que me toque como estava a fazer.

Eva está-me a deixar viciado nela e não sei como vou conseguir escapar-me no final.

Suavizo o olhar, tentando parecer o mais normal possível ao dar-me conta que Eva está a ponto de afastar a cabeça. Deslizo a mão da sua nuca para a sua coluna dando um incentivo de continuar, mas parece que não intende.

— Continua. — Peço neutro sem expor qualquer nervosismo que corre nas veias neste momento. —Faz o que queres fazer comigo, sem restrições.

— Gostastes...? — A sua pergunta sai um pouco nervosa.

Concordo com a cabeça.

— Sim. Por favor, continua.

Eva olha-me por uns segundos como se quisesse ter a certeza de que eu estava a dizer a verdade. Controlo a vontade de lhe dizer que não cheguei a ficar tão íntimo com uma mulher como estou neste momento com ela.

Esfrego a sua coluna com as pontas dos dedos dando mais incentivo para continuar. Eva volta com a língua para o meu mamilo, correndo com ela pelo meu peito. Limpando algum chocolate que ainda escorre pelo caminho que faz para chegar ao meu outro mamilo. A sua língua trabalha lá por uns longos minutos, enquanto isso, as suas mãos acariciam as minhas costas.

Gemo ao sentir os seus dentes a rasparem no mamilo e os seus olhos fixos nos meus como se mais uma vez quisesse comprovar se estou a gostar.

E naquele momento não aguento só estar a acariciar as suas costas, por isso, começo a despertar o sutiã preto de renda com uma das minhas mãos, o faço sem perder o contacto com os seus olhos. Os seus apetitosos seios ficam livres daquele pano que não deveria ter sido inventado. Eva fica muito melhor sem ele, principalmente quando está excitada, como é o caso em que os seus perfeitos e duros mamilos estão espetados na minha direção.

Aperto um deles, o deixando ainda mais rijo. Ela estremece e nem isso faz parar com o que está a fazer no meu corpo.

Já posso sentir água na boca e uma ansiedade absurda de envolver cada um dos seus seios e colocá-lo dentro da boca para lamber, morder e fazer tudo e mil e uma coisas com eles.

Envolvo o seu cabelo na mão e o puxo, levando a sua cabeça para longe do meu peito.

—Agora é a minha vez moranguinho. — Sussurro rouco, olhando entre os seus olhos e o canto da sua boca levemente suja. Não perco oportunidade e limpo com a língua o canto da sua boca, o que a faz gemer. Eva tenta ir ao encontro da minha boca para me beijar, mas eu nego com a cabeça. Nem pensar.

PERIGOSAMENTE TENTADORWhere stories live. Discover now