Capítulo XVIII

En başından başla
                                    

- Ela descobriu que fui em uma festa com Seth e agora quer saber "desde quando somos tão amiguinhos", como ela mesma disse. Falei que não somos mais namorados e não devo mais explicação alguma e que ela deveria me deixar em paz, mas ela continuou mandando as mensagens.

Lembrei da conversa que ouvi entre ele e Seth, mas permaneci em silêncio, esperando Max narrar o resto da discussão.

Voltei para a sala equilibrando uma bandeja com três canecas fumegantes.

- Você tem certeza de que não gosta mais dela? – Julie perguntou, pegando um chocolate quente.

- Tenho. – ele respondeu. – Já até namorei com outras pessoas.

- De mentirinha não conta. – constatei. Dei um gole na minha caneca e sorri.

Ele revirou os olhos.

- Já me apaixonei depois que terminamos. – reformulou a frase. – Mas parece que o destino gosta de me sacanear e ela sempre aparece no meu caminho de novo.

Assim como acontece com Seth, pensei.

- Não me admira que as garotas desistam, mesmo você sendo um amor. – Julie comentou. – É realmente difícil lidar com aqueles chiliques dela.

- É insuportável. – ele concordou, dando um gole no chocolate.

Ficamos em silêncio. Olhei para Max, pela primeira vez realmente prestando atenção na aparência dele. Era muito bonito, com olhos cinzas expressivos, cabelo escuro e algumas sardas em volta do nariz. Não era difícil deduzir que Natally se aproximou dele pela aparência, já que nunca realmente demonstrou gostar dele. Teriam formado um belo casal se ela não fosse uma megera.

Julie finalmente falou, interrompendo meus pensamentos:

- E se fizéssemos algo com ela para que ela te deixasse em paz?

- Tipo sequestrar? – Max parecia igualmente apavorado e tentado com a ideia.

- Eu estava pensando em envergonhá-la em público, mas um sequestro...

- Nem pensem nisso. – falei.

Tentei interromper a ideia maluca deles, mas eles não pareciam me ouvir.

- Ela já me fez passar vergonha em público tantas vezes. – Max deu de ombros. – Não acho que uma pequena vingança seria tão ruim assim.

Começaram a discutir sobre um plano de vingança. Olhei de um para o outro, sem acreditar no que estavam planejando fazer contra Natally. Ela não era exatamente a melhor pessoa do mundo, e já tivemos as nossas desavenças, mas isso não mudava o fato de que estavam sendo cruéis.

Desisti de impedi-los, então levantei e fui até a cozinha buscar algo para comer. Julie estava certa: foi realmente bom ficar entre amigos. Passamos tanto tempo criticando Natally que a saudade que sentíamos de Ryan e Jonathan acabou amenizando.

Abri os armários, procurando algum salgadinho, mas, aparentemente, meus pais tinham esquecido de comprar. Peguei meu celular e mandei uma mensagem para minha mãe, avisando. Percebi que tinha uma chamada não atendida da minha ex-professora de artes, a senhora Smith. Liguei de volta.

- Elizabeth? – ela falou, ao atender.

- Aconteceu alguma coisa, senhora Smith? – não escondi a preocupação. Por que ela me ligaria depois que me formei na escola?

- Estamos fazendo um projeto de arte para decorar a escola com pinturas, esculturas e outras coisas. O diretor me pediu para convidar os alunos que acabaram de se formar, já que contará como crédito extra para a faculdade. – ela explicou, animada. – Faremos isso durante as férias, começando nessa segunda-feira.

- Legal! – essa notícia me animou. Não havia momento melhor para me envolver com um projeto de artes e entreter minha mente. – A Julie também está convidada?

- É claro. – a professora respondeu. – Eu ia ligar para ela ainda hoje, mas se puder avisar, agradeço.

Desliguei o telefone e corri para a sala a fim de contar as novidades para a minha melhor amiga, mas cheguei tarde demais.

- O time de hóquei também foi convidado, mas para um projeto diferente. – Benny Bu explicava. Não ouvi a porta sendo aberta. Ele deve ter entrado enquanto eu estava distraída conversando com a senhora Smith. – Vamos ajudar os novatos a criarem novas jogadas. Aparentemente, vários alunos de diversos clubes foram convidados... – ele parou quando me viu. – Céus, o Jonathan está fora não tem nem dois dias e você já desistiu de tomar banho?

Revirei os olhos.

- Veio aqui só para rir da minha tristeza? – perguntei, fingindo estar ofendida.

Benny me mandou um beijinho.

- Vim contar sobre os projetos, além de ver também se não tinham morrido sem os namorados de vocês. – ele falou com tom de zombaria, todavia, eu o conhecia bem o suficiente para saber que realmente estava preocupado. Benny era um bom amigo, apesar de tentar passar a imagem de quem não dava a mínima.

- Sobrevivendo. – tentei não deixar meus pensamentos voltarem para Jonathan.

- Tommy vai dar uma festa na casa dele amanhã. – ele comentou, voltando ao personagem "Bendyk que não liga para nada". – Pensei em irmos juntos. Isso inclui você, Maximilian.

- Maxwell. – o garoto corrigiu.

- Eu sei, Max, eu sei. – Benny suspirou. – Era uma piada, mas agora não tem mais graça.

- Talvez a gente vá. – Julie respondeu. – Se não estivermos melancólicas demais para isso.

- Os próximos dias podem ser complicados. – concordei. – Pelo menos poderemos voltar para a escola durante alguns dias e matar a saudade de alguns colegas.

- Vocês sabem que isso quer dizer que a Natally estará lá, certo? – Max jogou um balde de água fria em nós.

Julie arqueou as sobrancelhas, parecendo refletir sobre isso por um momento.

- Pensando bem, podemos colocar o plano de vingança em execução. – ela e Max trocaram um sorriso cruel.

- O que? – Benny questionou.

- Sente-se aqui, querido. – Julie bateu no lugar no sofá ao lado dela.

É, eles realmente não desistiriam.

Arte & GuerraHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin