P E N Ú L T I M O C A P Í T U L O

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     Existem lendas de lobisomens durante a história do mundo…

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     Existem lendas de lobisomens durante a história do mundo…

     Segundo a mitologia grega, Lycaão foi o primeiro lobisomem. Quando humano, era o primeiro rei mítico de Arcádia. Muitas versões falam a forma como Zeus transformou-o em lobisomem.

     Sendo um homem cruel em um tempo em que homens de deuses coexistiam em um mesmo plano, Lycaão matou seu próprio filho e serviu-o num banquete com o maior deus grego, Zeus tentando testar seus poderes. Furioso, Zeus lançou uma maldição ao homem. Em toda lua cheia, o homem assumiria a forma de uma besta, metade homem, metade lobo. Uma fera assassina numa maldição inquebrável que passaria por gerações de seu sangue.

      Já outros contam que Lycaão era um rei temido e cruel, ao ponto de ser um canibal. De tempos em tempo, matava um humano e dava a toda sua família para comer. Zeus, o senhor do Olimpo que, segundo a mitologia, era o criador da humanidade veio a terra em um banquete como Lycaão testar sobre seu costume canibal. Insultado e enfurecido, o deus o amaldiçoou.

     Já na mitologia Nórdica predominante nos vikings, os primeiros a aceitar a mulher como igual aos homens conta a história apocalíptica de Fenrir. Filho da giganta Angrboda e Loki — deus da mentira e irmão de Thor —, Fenrir era um lobo negro. A princípio, comum. Mas com o tempo, seu tamanho físico foi crescendo, tal como seu poder. Em certo tempo, o lobo superou o tamanho humano, logo, passou a ter mais de quatro metros. E assim, ele não parava. Era óbvio que estava ficando num tamanho colossal e seu poder era tão grandioso que foi considerada uma ameaça aos próprios deuses.

      A mitologia conta que Ferir não era apenas perigoso, mas também habilidosos podendo assumir a forma do homem ao qual assassinou. Mas também se apaixonou por um mulher com habilidade de assumir a forma de uma loba chamada Lupina ao qual teve um filho. Apesar da gravidez complicada e, a criança mutante veio ao mundo e foi caçada. O mítico lobo legro a defendeu ferozmente mostrando-se mais uma vez, uma ameaça aos deuses.

      Os filhos de Loki com Angrboda aparentam problemas. Após lançar Jörmungandr nas profundezas do mar e enviar Hel para a terra dos mortos conhecida como Niflheim, Odin decidiu lidar com o temido lobo cuja força superou até mesmo as do poderoso Thor.

      Sabendo que não poderia enfrentar o lobo corretamente, os deuses desafiaram-no. Eles convenceram o lobo a ir para a ilha de Lyngvi com o pretexto de testar sua força. Fenrir aceitou e permitiu-se ser acorrentado por uma enorme corrente de elos de ferro forjado em aço. A corrente foi chamada de Leyding e o lobo então, em um movimento como se estivesse se espreguiçando, arrebentou facilmente as correntes.

     Os deuses, mesmo perplexos aplaudiram o lobo e o desafiaram com uma outra corrente que havia sido forjada por precaução. Sendo a corrente mais sólida já criada, seu nome foi em pelo ferreiro que a forjou, chamando-a de Dromi. Desta vez, o lobo encontrou mais dificuldades para soltar-se. Contudo, lutou e debateu-se até que a corrente não fosse párea para seu poder e o grande lobo se libertasse.

       Os deuses, frutados, abandonam o local do desafio, mas sem desistir. Então, um servo e mensageiro deu a ideia de mandar que os anões forjaram a corrente ou algo forte o bastante para deter a fera. Odin aceitou e assim foi solicitado. A corrente foi forjada com os sons do passo de um gato, a barba de uma mulher, as raízes de uma montanha, os tendões de um urso, o hálito de um peixe e o cuspe de uma ave, após um mês, a corrente estava pronta e foi chamada de Gleipnir.

       A corrente foi novamente apresentada ao temido lobo, que a cheirou e, após constatar que foi feita por anões, começou a desconfiar. Por isso, para que aceitasse o desafio, exigiu que um dos deuses colocasse a mão entre as enormes presas de sua boca, pois se houvesse algum tipo de trapaça, ele teria sua vingança.

      Então Tyr, seu cuidador, deus da guerra e da justiça, conhecido também como o mais corajoso entre os deuses aceitou essa árdua tarefa. Então o lobo foi amarrado com a corda e tentou se libertar de todas as formas possíveis, mas não conseguiu. E quando Fenrir desistiu e pediu que o libertasse, foi traído pelos deuses que começaram a rir, exceto, claro, Tyr.

      Então o temido lobo Fenrir, sem pensar duas vezes fechou sua poderosa mandíbula contra o deus em sua boca. Tyr conseguiu escapar, mas sua mão fora arrancada e a fera foi presa prometendo vingança contra os deuses.

       Assim, Fenrir tornou-se um lobo apocalíptico que, se solto, traria morte e destruição. Uma fera que, segundo a mitologia, crescerá até o dia do Ragnarok — apocalipse Nórdico — e está destinada a matar o deus supremo Odin.

     

       Aysha facilmente encontrar semelhanças entre a fera que busca. Acorrentado, preso, poderoso e apocalíptico. Mesmo assim, ela não hesita ou sequer considera a ideia se ser errado soltar uma fera tão perigosa no mundo. Ela só sabe que deve encontrar e libertar a criatura, custe o que custar.

     Sua alma clama por isso. Ela está indo ao seu encontro e está sendo perseguida por isso. Uma semana depois, ela apenas seguia seu instinto, levando-a com muito esforço, até a Índia.

      Lembranças assombram sua mente. O Supremo era poderoso, temido, mas cometeu um erro que tornou-se sua ruína.

       Ele se apaixonou por uma humana; uma escrava. Tomou-a como dele, mas cada vez que saboreava seu corpo, mais sedento ele ficava. Até que nenhuma outra mulher importava. Aysha agora tinha certeza da ligação entre eles.

       Uma humana companheira de um Supremo que enfrentou seu próprio povo para tê-la em sua cama. Até que veio a gravidez. Aysha encarava a ilha a frente e tinha cada vez mais certeza do que significa para este mundo e, para ele.

       Ela era aquela humana que fez o impossível ao engravidar de um poderoso Alpha. Mas ela não poderia entrar naquela ilha sem proteção.

       Era proibido chegar perto da ilha. Muitos morriam apenas em aproximar-se. Nenhum barco estava operando e… na praia ainda no continente estava, no mínimo, três alcateias de lobisomens prontos para o combate.

       Três poderosos Alphas brancos rosnando ferozmente para um grupo de, no máximo, 10 lobos. Mas Ayhsa tinha certeza quando encarava o mar azul. Era atraída para ele qualquer artefato puxado pela gravidade do planeta.

        Para chegar ao seu destino, teria que enfrentar as garras e dentes de lobisomens, o mar que começa agitar-se ao cair da noite, o perigo de uma das ilhas mais perigosas do mundo até finalmente encontrá-lo. Ela tem certeza de sua localidade.

       Ele está lá… esperando!

Supremacia Alpha - PredestinadaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora