O mamute provavelmente iria se desesperar e, com a urgência de tirar a fera, mais e mais lobos iriam avançar contra a fera, atacando não importa quantas vezes caísse. Suas garras iriam prendê-lo a fera. Seus dentes iriam feri-la, e, com o fôlego que parece ter, mais cedo ou mais tarde o mamute ia cansar, e fatalmente cair. Então Aysha imagina uma nova função das garras; estraçalhar a carne através dos músculos e pelagem densa com auxílio dos dentes.

       Mas algo ainda permanece incerto. Uma dúvida que povoa a mente de todos.

      Animais juntam-se em bandos para facilitar a sobrevivência. Para caçar presas que iriam arriscar sua vida ou não conseguiria ao caçar sozinho. Protegem os filhotes e estabelecem hierarquia. O leão é considerado rei devido ao bando que o torna soberano. Mas um tigre é maior e, talvez, mais letal pois não precisa de um bando. O único período que ficam juntos é no acasalamento e, a mãe na infância do filhote até a maturidade. São formidáveis solitários, mas sem dúvidas seriam titãs se agissem em bando de modo que os poderosos leões seriam sua sombra.

     Um lobo com essas armas tão letais, portadores de validade, agilidade, força, presa e garras que arrepia seu corpo precisa de uma alcateia? Por que um bando? Há algo que eles temem?

      E mais importante, como foram extintos?

      Um ser tão forte como essa fera não precisa de um bando. Deve haver uma fraqueza ou perigo que os fizeram juntar-se instintintivame. E a seis meses a equipe tenta saber o que é. Mas tudo fica incerto, com cada descoberta.

       Aysha, de fato estava tendo sonhos estranhos. Todos relacionado a essas feras. Mas um tremor inesperado percorreu seu corpo quando um novo esqueleto foi encontrado a três meses. 

— É humano… — Dimitri, como toda a equipe ficou impactado com a descoberta de um fóssil de uma criança humana junto aos restos de um outro lobo, provavelmente jovem.

       E isso não era o fato mais impactante. O esqueleto da criança contém características quase idênticas aos das crianças modernas. E no período em ela pertence, a humanidade ainda era primitiva de mais. Os crânios são completamente diferente dos primitivos e conhecidos homens das cavernas fazendo muitos teorizar e duvidar sobre a autêntica origem da humanidade, prejudicando a escavação.

      O assunto iria permanecer em sigilo. Paleontólogos mais especializados foram trazidos ao local com intenção de estudar os restos da criança. Mas não antes de Aysha conseguisse dar uma olhada. O que mais a surpreendeu foi ela não ter nenhuma marca de agressão ou ferimento em seus ossos. Os lobos não a atacaram, não a devoraram. Ela simplesmente estava lá, próximo a um lobo mais jovem, intacta.

        É fácil pensar que algo impediu de consumirem-na, todavia, não havia sinais de caçada. Um lobo tão grande e com uma mandíbula tão poderosa facilmente poderia quebrar o pescoço dela, visto que é a área atacada durante uma caçada. A dúvida permaneceu na mente de Aysha até a criança ser retirada.

       Os lobos ainda eram um mistério. Ossos deles foram levados para um laboratório específico e, mesmo assim, havia enormes sequelas nos resultados. E os sonhos de Aysha pioraram de forma que, em uma noite, sonhou com crianças. Ela dificilmente lembrava-se de seus sonhos embora sempre acordasse assustada e suada. Mas naquela noite em especial, ele foi mais intenso.

     Era um pesadelo diferente dos demais, mas igualmente confuso.

     Havia fogo…

     Uma floresta…

     Uma fera…

     Olhos vermelhos e um rugido tão feroz e amedrontador que arrepia a espinha de Aysha. Ela recorda-se de um uivo, tão intenso e feroz antes de ter a impressão de ver dentes afiados banhados em sangue irem ao seu encontro. Ela levantou-se da cama de seu quarto completamente apavorada e assustada.

Supremacia Alpha - PredestinadaWhere stories live. Discover now