- Você não é resmungão, Kage, qual o problema?

- Estou cansado, só isso. - ele beija minha cabeça - sabe que sou um casado rabugento. - ele brinca e me puxa para fora do banheiro.

- Vou fazer um café então.

- Você não disse que já estava pronta? - mostro a língua enquanto saiu do quarto mas ainda o escuto falar em tom de brincadeira - garota terrível.

- Se ficar bravo não ganha surpresa mais tarde. - grito.

- Que surpresa? - coloca a cabeça para fora do quarto e sigo para a cozinha - Baby?

- Só mais tarde.

Kage fica resmungando no quarto, posso escutar aqui da cozinha, seus resmungos mal humorados só me fazem rir enquanto preparo um café para nós dois. Vamos comer na rua só que sair de casa sem um cafezinho já é demais. A cafeteira começa a trabalhar e KJ aparece pronto. Ainda não estou acostumada com a rapidez com que ele se arruma.

- Qual a surpresa? - pergunta e senta em um dos bancos - sou curioso.

- Só na hora do show. - respondo com um sorriso vitorioso.

- Vamos transar no palco? Não concordo com isso, angel.

- O que? Não. - Kage começa a rir e tento bater em sua mão mas não consigo - só pensa em sacanagem.

- Claro que não, penso em você também. - faço minha melhor cara de deboche e Kage ri jogando a cabeça para trás - sem ser sacanagem, juro. Não pode me contar agora?

- Não.

Sento ao seu lado para tomar minha própria xícara de café enquanto Kage resmunga e tenta me convencer a contar a novidade. Não é nada demais, na verdade é uma música que compus, ainda é só uma melodia cantada a voz e violão.

Depois o arrasto para a rua, está frio mas ainda não chegamos ao pico do frio do ano, não vai nevar como ano passado com certeza, mas também não sinto qualquer saudade da neve. Já vi neve suficiente para toda minha vida. 

Kage está mais animado agora que já andamos bastante, ao contrário de mim KJ não comprou nenhum presente até onde sei, e está aproveitando o tempo para fazer suas próprias compras.

Já andamos muito pelo shopping e estou exausta, já é quase hora do almoço e mesmo depois de um café da manhã reforçado estou com fome de novo. Acho que ando comendo rápido demais então estou sempre com fome. Deixo Kage escolher o restaurante porque preciso sentar, escolho a mesa, jogo as sacolas sob a mesa e me sento. Aproveito para ver minhas mensagens no celular e responder. Ainda tem um convite da minha mãe para passarmos na sua casa antes de ir para o show.  Claro que aceito, afinal ela me oferece um bolo de cenoura com brigadeiro.

Me dou conta de que estou pensando no que vou comer mais tarde, enquanto estou aqui senta e esperando o almoço. Coloco o celular de lado, dobro meus braços sobre a mesa e descanso minha cabeça neles.

- Apagou? - a voz de Kage me chama e levanto a cabeça - fui no taco Bell, tudo bem pra você? Se quiser outra coisa como o meu e o seu.

- Pra mim está bom. - Kage senta na cadeira ao meu lado e me abraça - pediu sobremesa?

- Sim, senhorita.

- Eu te amo, obrigada por me alimentar. - beijo seu queixo e Kage ri - depois vamos lá para minha mãe? Tem bolo de cenoura.

- Já acabou suas compras?

- Sim. E você?

- Também, não tinha muita gente pra presentear. - da de ombros - só umas 30. Porque eu conheço tanta gente? Preciso selecionar mais meu circulo de convivência.

Stolen Life (Repost)Where stories live. Discover now