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As notícias corriam rápido demais, tudo aconteceu na cidade de River Oaks, no Texas. Foi no Colégio Oak's Ridge que encontraram o corpo do jovem Anthony Grinnell, de apenas dezesseis anos que cursava o terceiro ano do ensino médio. Seu corpo foi encontrado por um faxineiro, já sem vida.

A pergunta que todos faziam era "quem matou Anthony?", todos diziam que ele era um garoto incrível, não tinha inimigos, não causava briga e protegia aqueles que eram alvo de bullying, sem contar que namorava a garota mais bonita no colégio, Mia Shumway, que ficou desolada quando soube de sua morte. Mas Mia não era a única que estava de luto, todos estavam, seus professores, amigos e principalmente sua família. Sua mãe estava devastada, já tinha perdido o marido e agora o filho, já sua filha mais velha ainda não acreditava no que havia acontecido, não acreditava na morte do irmão mais novo.

Enquanto alguns prestavam suas condolências, outros se perguntavam o autor desse crime. Não havia nada na cena do crime, Anthony havia sido esfaqueado sete vezes, quatro facadas nas costas e três em sua costela, em sua autopsia contava que ele havia morrido na segunda facada, não acharam facas ou digitais, ninguém havia visto ele naquele dia, nem mesmo sua namorada. A escola foi fechada por duas semana para realizarem a investigação, interrogaram mais de duzentas pessoas e até checaram as câmeras de vigilância da escola mas não encontraram o assassino, a única coisa que acharam na gravação era uma figura encapuzada com um moletom preto mas não conseguiram identificar o rosto ou qualquer outro detalhe dele. Anthony havia sido morto e é bem provável que ele nem tenha visto a cara do seu assassino.

Eram essas as notícias nesses últimos dias, ninguém falava de outra coisa a não ser a morte de Anthony Grinnell, era isso que Bethany mais ouvia no seu dia a dia ao lado de Allison, a irmã de Anthony. Bethany tentava de todas as formas animar a amiga que sempre andava cabisbaixa, sabia que seria inútil pois nada iria substituir a falta do irmão, mas tinha que tentar!

As duas amigas – que antes era um trio, contando com Anthony – voltavam juntas para casa todos os dias, após deixar Allison na porta de sua residência, Bethany segue depressa para casa, afinal, seu pai havia dito para não ficar de bobeira na rua pois havia um assassino a solta.

— Finalmente chegou! — Diz seu pai ao ver sua filha entrar em casa. — Já estava ligando para as forças armadas caso demorasse mais quinze minutos.

— Você é muito dramático. — Respondeu Bethany, dando um sorriso de canto. — Estou dois minutos adiantada.

— Na verdade você está um minuto adiantada. — Ele rebateu ao se levantar do sofá e caminhou em direção a filha. — Eu sei contar Beth.

— Correção: dramático e maluco. — Corrigiu-se, seu pai dá um sorriso e a puxa para um abraço que é correspondido pela filha.

— Bem vinda de volta. — Fala seu pai e a solta do abraço. — Sua mãe está na cozinha.

— Beleza. — Sorriu para ele e ficou nas pontas dos pés para lhe dar um beijo na bochecha.

Bethany segue até a cozinha onde sua mãe estava encostada na pia enquanto assistia o jornal que passava na pequena televisão que havia ali, a mais nova não se surpreendeu ao ver outra notícia do assassinato de Anthony.
Ao ver a filha parada olhando fez questão de desligar a televisão e sorrir para a menor.

— Não precisa desligar a televisão sempre que eu chegar, mãe. — Forçou um sorriso enquanto deixava a bolsa deslizar pelo seu braço e ir de encontro ao chão. — Tá tudo bem.

— Desculpe querida... — Sua boca se curvou num curto sorriso. — Como foi a escola? Viu alguma coisa de interessante?

Bethany arqueou uma sobrancelha confusa mas ao entender do que se tratava ela suspirou baixinho, negando com a cabeça, sua mãe lhe deu um meio sorriso e deu de ombros, indo até a filha e a abraçando bem apertado.

— Tudo bem querida, não se preocupe com isso viu? — Diz em meio abraço, se afastando da filha e a segurando pelos ombros. — Eu fiz seu prato preferido, costelinha de porco com purê de batata!

— Já disse que você é maravilhosa? — Bethany abriu um enorme sorriso de animação, já sentindo sua barriga roncar.

Sua mãe ri baixo e a lhe beija na testa, dizendo em seguinte para a mais nova se lavar pra poder jantar. Bethany acena com a cabeça e pega sua bolsa do chão, indo direto para as escadas que a levariam para seu quarto.

Ao chegar no segundo andar a garota abre a porta de seu quarto e entra no cômodo, jogou a bolsa ao lado de sua escrivaninha e foi direto para o seu banheiro no intuito de lavar o rosto e as mãos. A água gelada fez com que a mesma ficasse arrepiada dos pés à cabeça, enquanto secava o rosto com sua toalha a morena olha para seu espelho e vê seu reflexo, estava agora de rosto limpo, havia olheiras debaixo de seus olhos por conta das diversas noites acordadas.

Sentiu outro arrepio percorrer seu corpo, mas não havia nada gelado tocando seu corpo, as janelas de seu quarto estavam fechados e ela não estava descalça.
Foi então que prestando um pouco mais de atenção, viu pelo reflexo do espelho que não muito longe, na verdade, atrás de si mesma, tinha alguém parado a olhando.

Bethany virou-se depressa e se assustou ao ver do que se tratava: um espirito. Depois de quase dez anos sem ver um, ela o encontra a olhando, mas não era um espirito qualquer: era o espirito de Anthony Grinnell.

— É assim que você cumprimenta um velho amigo Bethany? 

Quem Matou Anthony Grinnell? [PAUSADA]Where stories live. Discover now