Soneto sem amor (dançando de mãos atadas)

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Meu amor, volte algumas casas

Diga que ainda me quer entre mentiras mal contadas

Meu amor, sorria

Entre uma multidão de hipócritas, só você viria



Eu e você, dançando

Eu, rindo; você, chorando

Minha canção mais fúnebre

Tem você como motivo lúgubre



Um passo; você me odeia

Dois; eu lhe juro todo o mal que semeia

Três; você tira tudo que poderia dar-me



Ame-me com suas mãos a enforcar-me

Meu amor, fomos sempre criaturas desalmadas

Eu e você, dançando de mãos atadas





N/A: prestem atenção nas frases e palavras em itálico, há muito por trás desse poema.

Anagramas para Perséfone [antologia poética]Where stories live. Discover now