Crystal Cullen

20

Eu sabia que quando acabasse, estaríamos quebrados, não acho que voltaríamos a ser o que somos, mas eu vou fazer o impossível para evitar o que eu vi. Ninguém vai morrer, não se depender de mim.

– Eles estão vindo – Tio Em falou, agarrando a mão de tia Rose.

Em 26 exatos segundos a minha visão se concretizou.

Estava na campina onde nos encontramos com os Volturi da última vez, estávamos todos incluindo os lobos, em posição de ataque quando no outro lado aparece o primeiro casaco preto, e logo em seguida mais dois, estavam com os capuzes por isso não consegui identifica-los, apenas o sorriso macabro da pessoa ao meio. Senti a tensão em minha família e a sede de sangue dos lobos, então acontece tudo tão rápido, em segundo a campina estava repleta de olhos vermelhos, por todos os lados.

– Isso vai ser delicioso – Falou a pessoa do meio, era homem pela sua voz macabra – o prêmio é meu – Pude sentir um arrepio pelo meu corpo e soube, eu sou o prêmio.

Pisquei os olhos e voltei a mim, pude escutar rosnados de todos os lados, minha família não ficou feliz com o que escutou e meu coração batendo a mil não estava ajudando muito. Logo apareceram mais pessoas, e não paravam de chegar, todas em posição de ataque, era um verdadeiro exército, apertei a mão de Alec com força e observei o homem que falou, ele era moreno, tinha um sorriso presunçoso nos lábios, se fosse em outro momento eu até o acharia charmoso, mas ali, olhando em seus olhos perversos, ele parecia o próprio demônio.

O observei por um longo período de tempo, tentando inutilmente entrar em sua mente, mas algo me bloqueava e me enfraquecia quanto mais eu tentava.

Eles abriram caminho e lentamente surgiu uma mulher, ela era loira, aparentava ter uns 45 anos mais ou menos, sorria para mim como se tivesse acabado de ganhar um presente, fechei a cara e conectei a mente de toda minha família.

"Fiz uma rede que permite nós nos comunicarmos mentalmente" falei por pensamento, vi pelo canto do olho, meu pai concordar e senti o restante concordar também.

"Não devemos deixar Nessie e Crys desprotegidas" falou tio Jasper, o Deus da guerra já tinha nos passado algumas estratégias de luta, senti que estava observando nossos adversário, assim como todos.

– Olá, garotinha – Era ela, aquela voz da floresta, rosnei alto e tentei dar um passo que foi rapidamente contido por Alec.

"Calma Crys, é isso que ela quer" falou ele, voltei ao meu lugar e continuei encarando aquela vadia com todo meu ódio.

– Podemos fazer isso da maneira fácil e vocês entregam-na ou – O moreno falou, olhando para todos nós – nós matamos todos vocês e ela é minha no final... Mas decidam logo, não tenho todo o tempo do mundo.

– Você não vai tocar em nem um fio de cabelo dela – Alec praticamente rugiu ao meu lado.

– Vocês tem duas opções – Começou tio Em, estalando os dedos em punho – ou vocês saem daqui antes que isso fique feio, ou nós vamos matar cada um de vocês, que pensou que poderia encostar em Crys – Concluiu deixando claro que ele escolheria a segunda opção, tio Emmett nunca foge de uma boa briga.

– Ester, eu acho que eles não querem colaborar – Falou o moreno de uma maneira divertida, ele estava adorando isso, maldito.

– É uma pena – Falou a loira, Ester, enquanto esbanjava um sorriso presunçoso e macabro.

Tio Jasper estava bolando um plano de luta e nos falando rapidamente por pensamento, eu encarava as pessoas a nossa frente, eles não são seres normais, e algo me diz que o moreno e a mulher, Ester, são quem devemos tomar cuidado.

Ester sorriu e negou com a cabeça. Ela ergueu os braços e falou algumas palavras estranhas e umas raizes criaram vida e agarraram dois lobos os jogando longe, em um movimente segurei os dois antes que batessem contra as árvores, Ester me olhou e sorriu satisfeita.

"O que diabos ela é?" perguntei em pensamento, o medo estava presente em cada célula do meu corpo.

" Se eu não soubesse que era impossível eu diria que é..."

"Uma bruxa" vovô cortou minha mãe.

Todos ficamos alerta, isso era uma surpresa, uma terrível surpresa, estamos tão ferrados.

– Marcel – Começou Ester, dando alguns passos em nossa direção – parece que minha nora não quer colaborar, isso é uma pena – Olhei sem entender para Alec, que só negou com a cabeça, ele não fazia ideia quem era essa louca.

– MATEM TODOS, EXCETO O MEU PRÊMIO – Falou Marcel me olhando com um sorriso enorme que me fez tremer, eu não disse? Eu sou o maldito prêmio.