Capítulo 8 - Missão (quase) comprida

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  Mas não, era apenas Mason.

— Calma aí, eu não vou te matar não! — disse Mason, soltado meu braço.

  Esse desgraçado. Quase me matou do coração!

  Coloquei a mão no peito, tentando acalmar o mesmo, que estava acelerado e que não parava de pular como se estivesse em um trampolim.

— S-seu malu-luco! Que susto! — lhe respondi, já mais calma.

  Ele riu de meu pequeno surto.

— Qual o motivo para você está tão assustada?

  Hm... sei lá, talvez por que eu achava que era um garoto que eu gostaria de manter distância, pelo fato dele ter me magoado em um passado não muito distante... HAHAHA.

— Você viu ela em algum canto? — perguntou, colocando a mão no bolso.

— Não... — resmunguei em resposta.

— Talvez você devesse parar de procurar elas e apenas aproveitar a festa... — ele deu um sorrisinho de canto — Pensei em chamarmos algumas pessoas e brincarmos de verdade ou desafio.

  Tá, isso com certeza era legal da parte dele. Tentar me enturmar na festa. Mas jogar verdade e desafio já era de mais! De todos os relatos que ouvi sobre as pessoas que jogavam esse jogo de forma mais pesada, as coisas não eram nada legal.

  Foi então que uma ideia me ocorreu.

  Uma ideia que não tinha nada haver com o assunto que ele tinha dito, e sim com minha busca por Karen e Jenny. Uma ideia que poderia ter facilitado muita coisa.

— Mason... você tem um celular? — perguntei e ele me olhou confuso.

— Sim...

— Pode me emprestar?

— Claro... — ele me deu o celular, depois de colocar a senha, ainda desconfiado.

  Fui rapidamente para a discagem de número e digitei o número da Jenny. Poderia até ligar para a Karen, mas sabia que ela não atenderia.

  Após três toques, ela me atendeu.

— Alô? — sua estava um pouco abafada por causa da música que tocava muito alto atrás de si.

— Jenny, oi! Sou eu, a Ronnie, a amiga que vocês abandonaram na festa! — lhe ralhei.

— RONNIE! — gritou Jenny, e tive que afastar um pouco o celular do ouvido para não ficar surda. Mason apenas me observava. — Onde tu tá mulher? A gente te procurou em tudo quanto é canto!

— Estou do lado de fora! Agora vocês venham aqui me buscar e nunca mais me larguem assim.

  Mason riu debochando de minha cara.

— Vem aqui para dentro! Estamos na sala. Bom, eu acho que é uma sala. Se parece com uma! — Jenny pediu.

— Tudo bem, mas vê se vocês não somem mais!

— Pode deixar! Até logo. — ela desligou a ligação e devolvi o celular para Mason.

— Missão resolvida? — o mesmo perguntou.

  Concordei com a cabeça. Então ele me deu um sorriso convencido, que arrepiou os pelos de minha nuca.

InusitadoWhere stories live. Discover now