Prólogo

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Olá sugar babes. Estou trazendo mais uma fanfic para vocês, com um tema que eu gosto bastante. Sou fã assumida de mitologia grega (@ Percy Jackson) e é um prazer escrever uma história que contêm referências sobre esse universo encantador. Espero que consigam entender e gostem da história. Vou atualizando dia de sexta ou quando minha beta for terminando a correção dos capítulos.
Boa leitura.

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Eros estava enfurecido.

Ele sempre foi um deus que preza pela perfeição em seus atos, principalmente quando se trata de juntar casais. Ter um de seus filhos errando dessa forma é um ultraje. É inadmissível um dos anjos responsáveis pelo equilíbrio amoroso dos humanos e pela recuperação da paixão entre casais cometer esse terrível erro de atirar em alguém não destinado.

Harry é esse coitado anjo do amor que despertou a fúria do Cupido, seu progenitor.

O caso é que ele falhou na missão dada pelo pai de juntar um casal e está sendo despejado do céu, mandado à Terra como um humano para cumprir um castigo por tempo indeterminado. Para acontecer de um anjo ser expulso temporariamente, somente sendo um azarado para cometer um erro grave e irritar um deus, e Harry, infelizmente, tem muito azar.

Psiquê tentou convencer o amado de que deveria relevar a situação, visto que Harry é um querubim jovem, com seus recém completados dezesseis anos, em aprendizagem, e era sua primeira missão. Eros estava irredutível, porém, deixando explícito que não mudaria de opinião. Todos seus filhos são bons anjos (mesmo que, injustamente falando, sejam mais velhos e experientes que Harry), e ele não pode deixar um filhote desajeitado trazer vergonha à família, sendo obrigado a castigá-lo para que aprenda.

A primeira missão que Harry havia recebido era estupidamente simples. Ele precisava apenas cumprir o fácil objetivo de mirar e acertar duas únicas flechas em dois rapazes: Liam Payne e Niall Horan, uma dupla de jovens estudantes que mantém um relacionamento não-sério e não conseguem assumir seus sentimentos.

Era tão fácil quanto roubar o doce de uma criança.

Eros escolheu seu filho menor para juntar o casal de adolescentes por acreditar que, por ser fácil, ele teria capacidade, assim não precisaria enviar um de seus melhores filhotes e aproveitaria para observar as habilidades do querubim em sua primeira missão.

A única ação era agarrar seu arco amadeirado e atirar as flechas enfeitiçadas nos dois, selando seus destinos e fazendo ambos se apaixonarem louca e eternamente para que, assim, seja resolvido o conflito. Nada que requeira grandes dons e alguém super habilidoso como o próprio deus do amor, que, modéstia à parte, é um ótimo arqueiro.

O problema é que, apesar de não ter uma das piores miras, Harry é um anjo bem distraído. Qualquer objeto ou ser belo e cintilante desvia sua atenção de seu objetivo, e essa distração insistente fez seu pai ficar irritadiço e expulsá-lo (temporariamente) do céu.

No dia, ele sentia que estava preparado, pronto para juntar os dois garotos problemáticos e teimosos, segurando confiante seu pequeno arco-do-cupido rosa (que ganhou em seu recente aniversário) com uma flecha já posicionada. Sua mira estava em Liam, um alvo fácil, já que possui costas largas. E é com sucesso que elas foram acertadas, causando confusão no rapaz, seus olhos passeando pelo ambiente como se procurasse aquele com quem ficaria.

Em seguida, Harry só precisava acertar Niall e, ok, missão concluída.

A segunda flecha foi apoiada no arco e preparada para ser lançada contra o alvo. Antes de continuar, Harry respirou fundo, expulsando o resto de nervosismo presente e resgatando o máximo de concentração possível. Ele puxou a corda, fechou um olho para focar em sua vítima e… viu uma borboleta.

Uma pequena borboleta com longas asas azuis e brilhantes voando ali perto.

— Que linda — ele disse, encantado com a beleza daquele inseto.

Ele soltou a mão que esticava a corda do arco para atrair a atenção da borboleta bonita e somente segundos depois ele percebeu que o movimento fez a flecha ser disparada (sem querer). O problema, porém, era que Niall não estava mais lá. Harry sentiu o ar fugir dos seus pulmões quando notou que a ponta pontiaguda daquela maldita flecha enfeitiçada estava cravada no braço de outro garoto.

— Júpiter do céu!

Ele tampou a boca com a palma de uma mão, desesperado ao ver Liam com uma expressão de bobo apaixonado enquanto ia conversar com a pessoa errada, e soube que, naquele momento, estava infinitamente encrencado.

Não demorou mais que alguns minutos para seu pai descobrir que ele cometeu o maldito erro de fazer Liam se apaixonar por um adolescente chamado Zayn Malik e não Niall. No fim, não foi totalmente um erro pelo fato dos dois terem dado mais certo que o casal esperado, no entanto, o deus estava irritado com o deslize de seu filho.

No dia seguinte, Harry foi enviado à Terra para cumprir seu castigo.

Ele ficou um pouco incomodado com sua forma humana ao chegar. Não que esperasse uma aparência perfeita, sedutora ou algo assim, mas não imaginava essa. Alto, um rosto meio quadrado, desengonçado, com pernas longas e finas, e cabelos encaracolados como um amontoado de molas. Aquela aparência até combinava com seu jeito atrapalhado. O único detalhe daquele rosto esquisito que ele gostou, pelo menos, foram seus olhos incrivelmente verdes, eram até bonitos.

Seu deus-pai foi bondoso ao conseguir uma casa confortável no interior de Londres (a mesma cidade em que foi cometido o erro) e dinheiro. Harry, apesar de ser um filho estúpido, precisava de um local para morar e uma boa condição financeira para conseguir sobreviver.

Psiquê, como uma mãe que já foi mortal e não deseja ver um filhote em péssimas condições, decidiu dar-lhe dicas para viver bem na Terra e conseguir o perdão do pai. Sugeriu matricular o garoto em uma escola de mortais para interagir com outros humanos e, talvez, encontrar uma oportunidade de juntar um novo casal, mostrando que tem, sim, capacidade.

E, seja coincidência ou não, Harry descobriu que a escola em que foi matriculado era a que Liam, Niall e Zayn estudam.

Uma coisa sobre seu castigo ele tem total certeza: vai dar tudo errado.

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Querem perguntas interativas como eu fazia em Harry & His Doll?

Se gostou do capítulo, vote e deixe seu comentário e sua opinião, é importante para quem escreve saber se seu trabalho é agradável e satisfatório.
Até o primeiro capítulo.

Broken Arrow ➸ lwt + hesWhere stories live. Discover now