La Praga

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"Nós tivemos dois dias para nos prepararmos para sair da cúpula. Nunca estive tão ansioso para ver o que tem além desses muros, mas antes precisávamos visitar um lugar abaixo da cidade, chamado de Dante".

— O que estamos fazendo aqui? Não íamos sair da cidade? — perguntou Finn, um pouco confuso. — E porque esse nome Dante? Será alguma sigla? E abaixo da cidade? Nem sabia que havia alguma coisa em baixo da cidade a não ser os maquinários e os operadores.

"Finn não estava nem um pouco animado de visitar Dante, deve ter sido pelo fato de ter se inscrito no projeto devido a um pedido do seu pai".

— É chamado de Dante em homenagem a "Divina Comédia" escrita por Dante Alighieri. Ele foi um escritor nascido no antigo país chamado de Itália, e descreveu o inferno, o purgatório e o céu de uma maneira bem peculiar — explicou Alice, enquanto ajeitava o seu cabelo no espelho do carro.

"O carro que nos buscou pertence a Snake, e estava nos levando na direção do portão leste, onde fica a entrada para Dante".

— O que tem lá Alice? — perguntou Daniel, curioso.

"Não nos disseram nada além do dia e horário em que o transporte ia nos buscar. Não sei o porque de tanto mistério, mas seja o que for, com certeza é bem importante".

— Eu não sei. Meu pai não quis dizer, sei apenas que é um local controlado pela Snake.

— Bem, seja o que for espero que seja interessante — comentou Finn, encostando a cabeça no carro e fechando os olhos para tentar dormir.

"Alice não falou muita coisa durante a viagem. Ela estava muito pensativa, o que não fazia muito o estilo dela".

— Você está bem, Alice? — perguntou Daniel. — Alice?

— Oi! Desculpe, eu estava com a cabeça longe.

— Nós chegamos — disse Enos, assim que nos aproximamos de um enorme portão de Aço.

"Não havia guardas na guarita, o que me deixou bem confuso, mas assim que atravessamos o portão pude ver os outros membros do projeto andando pelo pátio".

— Chegamos Finn, acorda! — cutucou Alice, com o cotovelo.

— O que?! Que foi?

— Chegamos, anda logo! — disse Daniel, abrindo a porta do carro.

— Que droga, eu estava tendo um sonho maravilhoso!

Eles desceram do carro e pararam para olhar a paisagem. O pátio tinha uma arvore gigante no centro, com bancos de madeira escura ao redor de todo tronco. As raízes eram tão grandes que foi preciso afastar os banco quase 1 metro para que tivesse espaço para a arvore. O resto do pátio era cercado por muros altos com inscrições pintadas em suas paredes dizendo: Perigo, não se aproxime.

— Nossa! Perigo, não se aproxime? Será que estamos indo para o lugar correto? — perguntou Finn.

De repente uma garota se aproximou. Devia ter no máximo um metro e sessenta, com cabelos lisos ruivos no ombro com as pontas repicadas. Os seus olhos eram verdes tão claros que pareciam a água de um rio cristalino. Sua boca era pequena e delicada, e seu nariz levemente arredondado. Suas roupas eram diferente da dos demais, todos vestiam jalecos brancos, com calça azul escuro. Já ela vestia uma calça jeans preta rasgada com uma blusa branca de alças e uma bota preta de salto mediano.

— Olá, vocês devem ser Alice, Daniel e Finn. Muito prazer, meu nome é Charlotte e eu sou a quarta integrante do grupo.

— Nossa, você é linda. O prazer é todo meu. Pode me chamar de Finn, ou do que você quiser — disse Finn, se apresentando, ou melhor se jogando para cima da garota.

A CIDADE DE LIBRAWhere stories live. Discover now