Red Velvet - Vermelho

1 Vadias de West Brooke

Como estou desconfortável, fumar um beck na escola não é uma das melhores coisas, mas é o que consegue me manter o resto do dia. Estou ouvindo Stevie Nicks, adoro ouvir Stevie Nicks quando estou fumando maconha. É tentador!

A escola não suspeita que faço isso, até porque, o banheiro daqui é mais fedido que qualquer coisa, então o cheiro de maconha nem seria reconhecido.

Meus saltos estão me matando, porém tenho que usá-los, é o preço a se pagar por andar com as vadias do colégio West Brooke. Não é fácil ser assim, como eu sou. Hoje à noite, na casa de Taylor, iremos fazer uma espécie de ritual, essas coisas bem parecidas com filmes de Hollywood, não sei bem o que esperar pois até Jake estará lá! Estou nervosa.

Saio do Toilette, jogo meu pedaço de felicidade na privada e dou descarga, é sempre triste ver o resto de maconha sendo sugado pela privada. Subo a meia calça, ajeito a calcinha, passo a mão em meus cabelos pretos lisos, ajeito meu casaco de couro pretíssimo e caminho até a porta do banheiro.

Nós, as vadias de West Brooke, somos conhecidas por sermos gostosas, e, especialmente, por conseguir dormir com quem quisermos, tanto homens quanto mulheres, mas nenhum deles me atraiu o suficiente ao ponto de ter sentido qualquer sentimento por eles. Às vezes, fazemos uma lista a cada mês e as comparamos para ver se transamos com a mesma pessoa entre si e damos notas à elas. Nosso grupo é formado por três meninas, Taylor, Brittanny e Geórgia, às vezes somos meio escrotas umas com as outras, ou às vezes brigamos feio mas somos como irmãs. Eu as amo, são minhas melhores amigas.

Elas estão me esperando perto do gramado principal, todas usando mini saias e jaquetas da Gucci brilhantes de cores diferentes. Taylor está com seu cabelo preso em um rabo-de-cavalo enquanto Brittanny e Geórgia estam com seus cabelos soltos.

Taylor estava segurando sua bolsa edição limitada da Chanel... ah, e esqueci de mencionar: somos absurdamente ricas. Mas quando digo ricas não digo uma simples garota com uma condição financeira estável, somos podres de ricas. Nossos pais? chefes e empresários de Wall Street. O meu, ele é apenas dono de uma das gravadoras de maior sucesso tanto nos Estados Unidos quanto na maior parte da Europa. Temos uma liberdade um tanto ilimitada, e, como eu costumo dizer, quando se tem beleza, dinheiro não importa. E beleza meu amor, nós três temos de sobra.

- Becca - Taylor põe seu braço em torno do meu pescoço, as lantejoulas de seu casaco incomodam meu pescoço - Eu já descolei a bebida com o Jake e ele vai aparecer lá em casa depois do nosso "ritual" - Ela fez aspas com os dedos - para fazer uma pequena dancinha para nós - Ela riu de um jeito safado em meu ouvido. Íamos caminhando e nossos saltos faziam um barulho penetrante a cada passo que dávamos.

- Taylor sua puta - digo a ela enquanto seguro sua mão branca - ele vai ficar louco com você. Mas me diz, o que a Geórgia vai achar disso? Ela tem namorado...

- Ei - Ela tirou o braço de detrás do meu pescoço, parou a minha frente e segurou meu rosto com ambas as mãos - essa é a noite das garotas, e se tudo der certo, todas nós teremos um pedacinho de Jake Gyllenhaal só para nós. - Ela me deu um beijo na boca e se despediu - Até de noite... Vadia!

Ela se foi, seu andar tem um rebolado único, e sua bunda é... perfeita. As outras duas foram atrás dela, também rebolando. O sol batia em seus cabelos loiros e fazia seu casaco brilhar, e aqueles saltos deixavam suas pernas perfeitamente sexys.

Eu fui para a aula. Não aguentava mais um único tempo de Biologia com Letícia, a professora. Queria fumar um, mas não podia, estava em aula. Decidi então ir ao banheiro pra fumar e tocar uma siririca (maconha depois da aula, ouvindo Stevie Nicks me deixa extremamente louca de tesão) mas, olhei para o livro de biologia e pensei melhor, queria dar para alguém, não só tocar uma. Roger, o psicólogo da escola, era o funcionário mais gato daquele lugar. Musculoso, alto, e uma barba que deixava qualquer menina de 16 anos louca. Ele tinha uma noiva, mas, quando dava, transávamos até eu não aguentar mais gritar.