Capítulo 1- Clemência

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~Mary Mond

Termino de limpar minha última mesa e suspiro aliviada , hoje foi um típico dia de correria aqui na lanchonete.

- Pok ?

Ando em passos lentos até o outro lado do salão aonde meu melhor amigo se encontra limpando uma de suas últimas mesas .

- Quer minha ajuda ? Posso te ajudar a fechar hoje se quiser .

- Claro que não diva , pode ir . - Me responde sem ao menos me olhar.

Analiso suas palavras a fim de encontrar alguma mentira , afinal quem recusa ajuda em sã consciência ?

- Viado metido a besta , deixa que eu te ajudo ...

Ok vamos lá , antes de tudo eu e Adam nós conhecemos na faculdade e temos total intimidade , voltando ...

- Mary você gosta de empatar foda , não é porque você vive cheia de teia de aranha que tenho que ser igual querida.

Sabia que tinha cheiro de macho envolvido ...

- Amanhã quero saber os detalhes mais sórdidos Pok...

- Só não vale se masturbar pensando em mim amor ! -  Me responde enquanto joga beijinhos no ar em minha direção.

Saio pros fundos rindo de tais palavras , Pok mas conhecido como Adam pros menos íntimos , é um verdadeiro gatinho , mas complemente viciado no sexo masculino .
Ao trocar de roupa , passo no salão novamente e me despeço de quem ainda restou .
Desistindo de pegar um táxi a essa hora da noite , aliás enquanto caminho , deixe-me me apresentar , tenho 24 anos , tenho 1,60 de altura , solteira à vida toda e moro sozinha na cidade de San Buenaventura mas conhecida como Ventura , no estado da Califórnia .

Procuro em minha bolsa uma barra de chocolate branco , o meu favorito de todo universo ! Enquanto degusto a oitava maravilha do mundo , noto o quanto essa parte da cidade é silenciosa à essa hora .
Continuo meu caminho e noto que falta bem pouco pra chegar em casa ,  apresso o passo quando ouço passos atrás de mim e  um arrepio gelado se espalha pelo meu corpo .
Mantenho a calma e continuo olhando pra frente , afinal a rua não é só minha e tenho certeza que é apenas um bom cidadão como eu , ou era o que eu pensava até o momento que sinto um pano cobrir minha boca e meu corpo ser arrastado até um beco totalmente escuro, sem perder a chance começo a chorar e implorar por misericórdia , o que parece provocar mais ainda o  assaltante. Continuo a me debater quando sou lançada de encontro à parede .

- Olha pode levar tudo , só não me machuque por favor ...

Não consigo ser forte e meu choro só aumenta .

- CALA A BOCA VADIA , SE NÃO EU PROMETO QUE VAI DOER MUITO MAIS !

Sinto suas mãos agarraram meus cabelos enquanto meu corpo é virado de costas , uma de suas mãos tentam abaixar minhas calças e nesse momento entro em desespero e começo a tentar fugir a todo custo .

- NÃO , SOCORRO POR FAVOR EU TE IMPLORO TUDO MENOS ISSO...

Tento de tudo até que consigo me soltar mas logo sou pega novamente e dessa vez sem misericórdia , sinto minha cabeça bater de encontro com a parede fria e nojenta novamente , perco as forças e meu corpo vai ao chão . Tudo passa lentamente , sua faca em meu pescoço , suas mãos abaixando minha calça , suas mãos em meus seios , minhas lágrimas caem e meus soluços denunciam o sofrimento , até que suas mãos param , não sinto o peso do seu corpo em cima do meu , não sinto o contato frio da faca e soluço de alívio.
Abro meus olhos e me forço a enxergar na total escuridão , tento me levantar até que meus olhos se assustam com tal visão , dois pares de olhos brancos brilhantes  em meio ao breu total do beco , sinto passos se aproximar , e um calor emanando em todo lugar .

Sua Doce Alma Où les histoires vivent. Découvrez maintenant