O Pouco Que Temos

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Personagem principal: Bucky Barnes

Gênero: Romance, familiar, drama.

Sumário: Bucky ainda era um fugitivo quando conseguiu se estabelecer na Romênia. Porém  Bucky precisava ser cauteloso, pois outras duas vidas passaram a depender dele.

Bucareste, Romênia.

Era o meio da tarde quando Bucky decidiu sair de casa para comprar algumas frutas, com uns trocados  no bolso de sua jaqueta. Ele caminha e passa por uma feira no parque próximo a seu apartamento. Ele observa ao redor a procura das frutas escritas na lista em sua mão.

-Amoras.

-Morangos.

-Ameixas.

Obrigada.

Mas parte da atenção do super soldado estava nas pessoas a sua volta, utilizando-se de seus sentidos para detectar a tempo alguém suspeito. 

Ele precisava ficar alerta, a todo tempo. Agentes da Hydra estão por todos os cantos em busca dele. Ele não poderia ser pego.

Mas ele não queria ser pego apenas  por querer viver, mas por ter agora outras vidas que precisavam dele. Bucky definitivamente não poderia ser descoberto.

Ele avista uma pequena barraca, contendo cestos largos de diferentes frutas pequenas, algumas semelhantes as que ele procura . Ele ajeita seu boné para esconder seu rosto, e caminha em direção a barraca.

O comerciante o cumprimenta com um sorriso amigável, como aparentemente costuma tratar outros clientes. Bucky duvidava que esse sorriso continuaria no rosto do homem caso ele descobrisse sua identidade. 

Bucky o cumprimenta com um minúsulo e breve sorriso, e começa a analisar cuidadosamente as frutas, conseguindo encontrar todas de sua lista. Ele pede ao comerciante uma porção pequena de cada, e ao pagar, recebe as sacolas com os alimentos. Bucky assente para o homem como agradecimento, e vai embora. 

Olhando ao redor novamente, ele caminha de volta para seu apartamento. Esta era a parte mais importante do trajeto: Checar se alguém o seguia no caminho para casa. Se ele notasse um rosto permanente em todo o trajeto, Bucky mudaria a rota para um beco e interrogaria o indivíduo. Antes ele não chegava a esse ponto, até o dia em que um senhor (na faixa dos 50 anos) que aparentava morar no prédio o atacou no corredor . Felizmente Bucky conseguiu matá-lo antes que ele avisasse a mais alguém sobre seu paradeiro.

Ele finalmente chega na porta de seu apartamento, checando pela última vez os arredores até destrancar a porta e entrar em casa. Ele tranca a porta e respira aliviado.

— Bucky? — Ele sorri ao ouvir o doce som da voz de sua esposa. Você aparece na frente dele, com uma faca escondida atrás das costas e suspira aliviada quando o reconhece.

—O que eu disse sobre ficar em pé boneca?— Ele diz, deixando as sacolas na pequena cômoda da entrada. Ele anda em direção a você, e coloca a mão direita (humana) em sua enorme barriga, sentido a vida que os dois fizeram pelo tecido de seu vestido.

—Eu não posso ficar o dia inteiro deitada em uma cama Bucky.— Você protesta, e segura a mão biônica de Bucky.— O que eu disse sobre envolver minha barriga com as duas mãos?

—Eu não quero machucar o bebê.— Ele confessa, mas não é a primeira vez que ele usa esse argumento. Os dois já tiveram essa discussão várias vezes, mas Bucky teimava em acreditar que ele machucaria o bebê com seu braço de ferro.

É frustante para você ver que Bucky ainda se considera um monstro. Um monstro que ele não decidiu ser.

 —Bucky, olha pra mim.— Você pede ao notar que ele estava olhando para baixo. Você põe mão no rosto dele, e ele finalmente te encara. — Você não é o Soldado Invernal. Você não escolheu matar aquelas pessoas: escolheram por você. Eles obrigaram você a cometer todas aquelas atrocidade, e todas as vidas que partirão foram tiradas por eles. Eles são o Soldado Invernal.

Você não parou de encará-lo, percebendo os olhos azuis que você tanto ama encherem aos poucos de lágrimas. Desde o primeiro momento em que percebeu o sofrimento e medo nos olhos de Bucky, você prometeu a si mesma que tentaria ajudá-lo de todas as maneiras que pudesse. 

Mas Bucky insistia em ser o culpado de todos os problemas e recusar de primeira qualquer tipo de conforto que você queira dá-lo. Isso desde o dia em que vocês se conheceram.

Felizmente, você conseguia achar uma brecha e derrubar essa barreira que ele formava em sua volta.

Bucky assente com a cabeça. Você sabe que ele não está convencido, mas sabe que ele não gosta de discutir com você, principalmente por você estar grávida. Então ele preferiu desistir.

Você o abraça forte, tomando cuidado com sua barriga, e beija o ombro dele. Ele relaxa em seguida, e te envolve nos grandes braços dele. O humano e o biônico.

—Eu consegui as frutinhas.— Ele diz, e ri quando você automaticamente se separa dele e vai direto até o saco na cômoda.

Você abre o saco, e quase chora com o cheiro das frutas que atravessa suas narinas. Você estava com esse desejo desde a noite anterior, e sabia que se não conseguisse as frutas a tempo, teria um ataque de nervos. 

—Oh James...— Você vira para seu marido novamente, vendo o quão bem ele anda cuidando de você.— Você é tão bom pra mim... O que eu fiz pra m-merecer você?— Você começa a chorar involuntariamente, suas emoções controlando seu corpo.

—Não boneca, não chora.— Bucky te abraça de novo. Ele morde o lábio pra não rir do seu estado, você vem andado tão emocional essas últimas semanas. — Você merece muito mais do que eu. Eu sou ex-sargento do exército,  fugitivo de todas as autoridades que existe nesse mundo, que não pode nem alugar um apartamento decente pra sua família. Eu que me pergunto o que fiz pra merecer você.

— Eu não me importo.— Você diz, e enxuga o rosto com as mãos. Você segura firme o rosto dele.— Eu prefiro você , James Buchanan Barnes, a qualquer príncipe encantado que venha aparecer na porta. E isto aqui... — Você olha ao redor do pequeno apartamento, em seguida para a pequena e valiosa vida que está crescendo em sua barriga. Bucky acompanha seu olhar, e sorri, acariciando sua barriga para sentir seu filho. Os dois se olham novamente. — Esse pouco que temos, é muito mais do que eu desejava. Eu não troco por nada no mundo.

Bucky sinceramente não entendia como conseguiu o seu amor, mas ele faria de tudo para nunca perdê-lo. 

Ele ainda desejava dar uma vida confortável a você e ao bebê, mas acima de tudo, ele desejava te fazer feliz — o que o faria o homem mais feliz da terra. E vendo ali, seus olhos brilhantes olhando para os dele, e seu sorriso contente e sincero estampando seu rosto, ele percebe que conseguiu.

— Eu te amo ____.— Ele professa, beijando seus lábios amorosamente. De repente, os dois sentem um chute forte vindo de sua barriga, e começam a rir. Bucky agacha e beija o local, encostando a testa ali.— Eu te amo garotão. Você achou mesmo que eu esqueceria do ser humano mais lindo dessa terra? Nunca, meu filho.

O bebê chuta novamente, arrancando outra risada e um sorriso bobo dos dois. Bucky se levanta e segura sua mão.—Vem, vamos atacar as frutinhas.

Marvel ImaginesWhere stories live. Discover now