Cal(mar)ia

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Foi se o tempo eu que eu era calmaria
E junto com o tempo, foi - se os dias
Como num mar revolto,
Em que as ondas atravessam o porto!

O vento era tanto, que minha alma voava
Tão longe ... Com um sopro me levava
E eu que estava tão leve,
O frio talvez era sinal de febre?

Talvez um frio interior, por mim falava
Calafrios, sonhos e também dores se expressavam
Na verdade o corpo é somente um reflexo
E nós, somos sombras nos nossos próprios medos

Eu só queria poder voar de verdade
E que a calmaria talvez não cessasse.
Só queria que o vento me levasse até o mar
Mas, esqueci... Não sei nadar!

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