Parecia mais um dia normal, depois de mais três ou quatro dias de trabalho – Jisung perdeu totalmente a noção de tempo e espaço –, o Han se viu finalmente em casa na companhia de mais três pessoas que faz seus dias serem os melhores, no topo da lista – Porque caso não estiver o Han é morto por ele – está Mark, que está com três cartas nas mãos olhando atentamente para as que estão postas na mesa (dois reis de copas, oito de espadas e cinco de ouro), ao lado do mesmo e segundo na lista está seu amigo de infância Seo Changbin, este último citado chegou a poucos dias do Canadá e não demorou nem vinte e quatro horas para botar os pés em Busan para ver o Han, o Seo segura cinco cartas que foi obrigado a "comprar" nas duas últimas rodadas. E por último mas não menos importante, Jackson Wang, mais conhecido como paixonite incubada de um certo Tuan, Jackson fez faculdade de Engenharia do som junto com o Han, ficaram na mesma sala e logo uma afinidade foi concretizada criando um elo de amizade bem forte, mas não supera a amizade que tem com Mark, já que os dois praticamente cresceram juntos – A mãe de Mark era vizinha da mãe do Jisung, quando Mark chegou na Coreia junto com o seu pai o Han ainda tinha dois aninhos e Mark cinco, mas a amizade é a mesma de quando eles eram crianças. Por isso Mark Tuan é o soulmatezinho do Han–.
Jisung por sua vez está com o cigarro de morango quase no final preso entre os lábios e os dentes, os olhos presos nas três únicas cartas em sua mão que provavelmente vão dar a sua vitória, mais uma vez, para o desespero de Jackson que é o melhor jogador da mesa.
– Alguém tem dois reis de copas e uma rainha?- Mark disse olhando cada um na mesa redonda presente na cozinha.
– Óh droga.- Choramingou Changbin colocando suas cartas de dois de copas, três cartas iguais de três de ouros e uma dois de espada.
– Eu vou ficar muito puto se Jisung continuar com esse sorrisinho debochado de quem tá roubando o jogo.- Jackson coloca as cartas na mesa totalmente indignado de ter suas cartas todas iguais: dois de ouros.
– Bem, vocês me devem uma pizza.- Jisung joga as cartas ditas pelo Mark anteriormente na mesa e começa a rir da cara de indignação deles.– Que foi? Eu nunca jogo as cartas maiores na mesa, já devia saber que eu guardo elas para o final quando tenho.
– Você tá roubando, irmão!- Mark aponta para o Han depois empurra a cadeira para trás e se levanta.
– Poxa mano, nem deixa a gente ganhar.- Changbin franze o cenho e organiza as cartas e mistura todas, pronto para guardar.
– Só acho que ele escondeu e ninguém viu.- Jackson deu de ombros ficando todo largado na cadeira.
– Pensem o que quiser.- Jisung riu, procurou sua cartela de cigarros, já que o que estava em sua boca já acabou e agora a bituca de encontra amassada no cinzeiro.
O Han bufou quando notou que sua cartela acabou, fez uma conta mental rapidamente do quanto ele fumou no mês e se era hora dos cigarros acabar, por fim lembrou que tinha fumado mais os de morango do que os tradicionais, por isso acabou tão logo, antes de completar um mês.
– Seguinte, preciso ir no mercadinho.- Jisung diz ficando em pé.
– Você tá muito viciado, bro.- Jackson diz rindo.
– Até eu ia ser viciado se eu fumasse esses cigarros de morango, o cheiro é tão bom. Imagina o gosto?- Changbin responde fazendo logo outra pergunta para Jackson.
– É muito bom por sinal.- Jisung é quem responde enquanto veste sua blusa de moletom branco com zíper.– Mas vocês dois não fumam.
– E meus pulmões dão graças a Deus!- Jackson diz e olha para Changbin, ambos caem na risada.
– Você fuma narguilé, Jackson. É cem vezes pior que o cigarro e mata mais rápido.- o Han responde terminando de amarrar seus converse cano médio de cor branca, tem um coraçãozinho em cada sapato próximo do calcanhar.
– Obrigado por lembrar que vou morrer antes dos quarenta.- Jackson diz irônico.
– Se você conseguir pegar o Mark até lá é lucro, irmão.- Changbin começa a rir após dizer tal coisa e corre para longe do Wang.
– Estavam falando de mim?- Mark aparece na cozinha vestido com seu pijama de pano fino azul escuro com estrelinhas amarelas, os cabelos bagunçados. A cena é tão fofa que os três ali sentiu vontade de amassar as bochechas do Tuan.
– Que nada, meu anjo.- Jisung sorri e abraça o amigo.– Quer alguma coisa do mercadinho?
– Aqueles doces de gelatina e balinhas de menta.- Mark boceja, nem é tão tarde assim.
– Ta ok, estou indo então. Não explodam minha casa.- Jisung diz saindo da cozinha.
– Pode deixar que se ela explodir do chão não passa!- Changbin grita para o Han ouvir, as risadas do Tuan e do Wang foi a última coisa que Jisung ouviu.
(...)
Jisung entrou no mercadinho que é próximo da sua casa quase pendendo de sono, sim é exatos meia noite, a lua não é mais uma meia lua que fazia lembrar do gato Cheshire do Alice no País das Maravilhas, na verdade a lua nem se quer aparecia, tudo estava escuro como se tivesse apagado todas as luzes – se não fosse as luzes da cidade grande que refletem no mar.
Bem, Jisung foi para a seção de doces, pegou os que Mark pediu e uns pirulitos de coração, tudo sendo aqueles pacotes grandes para durar mais, já que Han é daqueles de ir só uma vez no mercado – por mês –, então pega quantias a mais para não ficar comprando picado – começou a pensar seriamente em compra três cartelas dos seus cigarros ao invés de um –.Mas enfim, quando o Han pegou seus cigarrinhos levou um susto com o cobrador do caixa.
Sim, é Minho.
Os cabelos azuis caídos na frente dos olhos, fones de ouvido e celular na mão. No fone toca uma música lenta e gostosinha de ouvir, parecia ser de alguma cantora americana porém não parou para prestar mais atenção na música que está alta e saindo do fone sendo possível qualquer um ouvir.
– Você está me perseguindo?- MinHo diz emburrado quando o outro garoto de cabelos azuis colocas suas "compras encima para MinHo passar.
– Que eu saiba o mercado é público.- Jisung dá de ombros.– e eu moro aqui pertinho.
– Eu não perguntei onde você mora.- MinHo revira os olhos digitando o código de barra dos cigarros pois o sensor não reconheceu, depois disso ajudou o Han a colocar as coisas nas sacolas.
– Você devia tratar melhor seus clientes, sabe?- Jisung debocha depois de pagar pelo que pagou, se apoiou no balcão e ficou olhando o Lee.
– Você não é nada para dizer o que eu devo ou não fazer.
– Você está com raiva de mim por um motivo muito besta, MinHo.- Jisung faz um bico, que o Lee não quer admitir mas achou adorável.– Me dá uma chance de mostra que não sou tudo isso que você pensa.
– O que você quer dizer com isso?- MinHo diz curioso.
– Estou dizendo pra gente assistir alguma coisa juntos, não é um encontro é apenas uma oportunidade de você saber quem eu sou. Nem precisa ser num cinema ou esses tipos de lugares.- Jisung tenta explicar sem irritar o Lee, mais ainda.
– Ok, pode ser na minha casa então.- MinHo bufa, mas na realidade ele queria sim conhecer melhor o Han, pois apesar dele irritar-lhe muito parece ser um cara legal.
O Lee escreveu o endereço da sua casa num papel, entregou para o Han e marcou para amanhã a tarde. Jisung apenas sorriu e foi embora com os seus cigarros e doces, deixando um Lee totalmente confuso.
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𝙋𝙤𝙧 𝘼𝙘𝙖𝙨𝙤𝙨 (...)
SpiritualPor acasos da vida, as idas e vindas, Han Jisung encontra Lee MinHo, mas seus encontros não são nada hostis além de envolver muitas outras coisas que vão além de uma compreensão lógica. Mas entre esses acasos acaba surgindo um sentimento que fez um...