Ele estava deslumbrante, com os cabelos ainda úmidos e os músculos saltando sob a malha. Instintivamente, ela seguiu o seu olhar, direto para as mulheres no terraço, e a realidade a assaltou.

─ Posso servir o jantar, senhor?

─ Sim, Bia, desceremos em minutos.

Ela o observou abrir a porta para o terraço e sair de encontro às jovens. Bia reconheceu o brilho nos olhos das duas mulheres, os sorrisos largos, a efusividade. Marco Antônio causava esse tipo de reação, ela já vira mais de uma centena de vezes. Ela mesmo já tivera esse brilho no olhar, mas que há tempos transformara-se numa simples espera.

Satisfeito com o risoto de lulas, preparado pessoalmente por Bia, Marco Antônio saboreava o vinho branco, enquanto escutava o relato de viagens feitas por Vicky, a morena de olhos grandes e escuros.

Vicky caprichava no glamour da sua viagem a Paris, em companhia de um cliente, enfeitando os detalhes com maestria na tentativa de impressionar Marco Antônio, sem perceber que a atenção do homem estava em seus lábios movendo-se sensualmente. Suzi, a negra, tentava superar Vicky na experiência e fazia sua colega rir, divertida, com relatos de New York. Disputavam a atenção de Marco com muita inteligência, apostando mais no charme dos relatos, do que nas aventuras em si.

Após o jantar, Marco dispensou Bia. Era sabido, dentre os empregados, que naquela noite absolutamente ninguém deveria circular pela área social e, honestamente, Bia não se importava. Marco Antônio levava mulheres à sua casa com certa frequência, contudo, elas nunca eram as mesmas, o que conferia um consolo à Bia, na certeza de que o coração de Marco não pertencia a ninguém. Ela preferia assim.

Sentado despojadamente sobre poltrona de couro, Marco segurava o cálice de conhaque com uma das mãos, e com a outra, segurava o charuto aceso. Entre suas pernas abertas, Vicky engolia seu pau até a base, babando-o e sugando-o com um desvelo sobrenatural. Com os olhos semicerrados, Marco assistia o seu pau desaparecer por entre os lábios vermelhos da Vicky, sentindo um tremor de prazer a cada sugada forte para, em seguida, arrepiar com as lambidas alternadas.

No meio da sala de jogos, Suzi dançava provocadoramente ao som de Shade, aos poucos retirando o que restava de suas roupas, tentando roubar a atenção de Marco, tocando-se sem o menor pudor, masturbando-se para ele.

Elas eram lindas, dois corpos esculturais de peles macias e sedentas por sexo.

O cheiro do charuto misturava-se ao do álcool e ao de sexo, na sala fechada, entorpecendo o trio, transportando-os para uma atmosfera muito particular. Durante algumas horas, aquele salão feito de madeira e tapetes persas seria "Sodoma e Gomorra" para Marco Antônio.

Com o corpo entregue ao prazer, a paz invadia a sua mente e o desejo ganhava espaço.

Arrepiava-se mais e mais a cada chupada vigorosa da morena, a cada vez que sentia a cabeça do seu pau encostar no fundo da garganta quente e macia da Vicky. As unhas crescidas acariciavam suas coxas e, vez ou outra, deslizavam sobre o peito, incentivando Marco a largar-se totalmente sob os seus cuidados.

Involuntariamente, todo o corpo másculo respondia aos estímulos com espasmos, pequenas explosões de prazer, pequenos êxtases.

Pouco a pouco, Marcos entrava na sua zona de conforto, onde se desligava dos problemas, das decisões e dos riscos. Ali, entregue aos prazeres que mais apreciava, permitia-se descansar a máquina que o movia dia após dia, liberava-se da exigência de estar sempre a frente, de pensar sempre mais rápido. Sexo e charuto, uma combinação perfeita para entrar em stand by.

Nua, Suzi caminhou até ele como uma gata, tomou-lhe o cálice para liberar suas mãos, mas Marco não deixou que levasse o charuto, ao invés disso, deu uma longa fumada, enquanto observava a beleza daquele corpo de ébano brilhando à luz indireta. Sem muito esforço, lambeu a barriga sequinha de Suzi, sugando-lhe o umbigo, contorcendo-se com as chupadas estratégicas da Vicky.

O Onipotente_ DEGUSTAÇÃOWo Geschichten leben. Entdecke jetzt