- Você não está presa, é livre para ir e vir.
- Não consigo.
- Claro que consegue. - ela apoia o queixo nos joelhos dobrados e olha pra rua - você está aqui … é a prova de que consegue fazer qualquer coisa que quiser.
- Você sabe de tudo? - seu tom de voz é sussurrado e percebo seu rosto corado.
- Não, quando começam a falar troco de canal. Não me interessa nada que a mídia tenha a falar, só vou saber o que você quiser contar.
- Porque você é tão legal comigo? - ela sorri de olhos apertados e isso me aquece - nem me conhece.
- Estou conhecendo … e amigos são para essas coisas. - ela sorri e concorda, então volta a olhar pra rua - olha só … veio aqui fora sozinha, já é um grande passo.
- Sabia que é a primeira vez que saiu de casa desde que cheguei?
- São só, o que … 4 dias?
- Cinco. - Cami me corrige e eu rio - e estou sentada aqui porque não consigo levantar, minhas pernas estão tremendo.
- Mas agora eu estou aqui. - sorrio e ela concorda.
- É, está.
Ficamos em silêncio, sentados ali sob o sol morno, ilha a distância entre nós dois, não passa de poucos dedos mas sei que a deixa confortável. Estou aqui, e ela sabe.Não sei porque sinto essa necessidade de protegê-la. Pode ser só porque ela é a irmã e filha de pessoas queridas para mim, mas bem no fundo sei que tem algo mais. E não me importo, não sou o cara que tem medo de sentimentos, seja ele qual for.
Os minutos passam, provavelmente não mais que 5 até que dia voz quebra o silêncio.
- Queria muito um bolinho.
- Da Dominque's?
- Sim. - ela fecha os olhos - eu amo o sol.
- Eu também. Quer ir lá? - me refiro a pequena confeitaria - quer?
- Não sei … - ela aperta as mãos juntas e fica tensa - eu não …
- Você consegue. Eu e o Cole vamos com você.
- Sem skate? - ela aperta os olhos em minha direção e eu começo a rir.
- Sem skate. O máximo que pode acontecer é termos que voltar pra trás - dou de ombros - não é grande coisa.
Cami levanta devagar e me chama para entrar. A acompanho um passo atrás, mas percebo que ela está mais corada, parece até que ganhou algum peso e a marca escura em seu pescoço é só uma sombra quase imperceptível.- Onde encontrou esse vagabundo, Cami?
Cole me cumprimenta assim que entro na sala, está sentado no sofá mexendo no celular, Cami da de ombros e sobe a escada. Me jogo ao lado se Cole e tiro o aparelho se sua mão.- Ei - reclama - ela estava lá fora?
- Sim. Não sabia?
- Não ... Cami se move igual uma sombra, sabe, ela era mais barulhenta antes, sempre tropeçando, derrubando coisas, cantando …Agora ela surge e quase nos mata do coração. - ele coça os olhos. - bom, pelo menos ela saiu.
- Você parece uma merda, cara.
- Estou exausto … não consigo dormir, quando deito minha cabeça fica a mil. - bato em seu joelho - minha irmã não é mais a ela mesma, KJ.
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Stolen Life (Repost)
RomantizmOlá, primeira vez postando aqui. Originalmente escrevi essa estória e pedi que a Juliana Mantovani postasse para mim, mas a Ju anda ocupada com as coisas dela. Então decide dar continuidade eu mesma para que a fic não fique parada. Espero que emba...
Kill'Em With Kindness
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